sábado, 28 de agosto de 2010

Feira de Pedras, parte II.

Foram mais de 220 expositores vindos dos 4 cantos do Brasil, bem como Chile, Uruguai, Argentina, na esperança de colocarem no mercado suas preciosidades...


O Anel do dedo mindinho deste comerciante de pedrras , turmalina Paraiba de mais ou menos 2 Kilates, a cinco mil dolares o kilate, vale mais do que o Diamante do seu anel no dedão mais grosso. Estas turmalinas brutas que ele me aponta, em busca de quebra-liso, uma espécie de turmalina preta, que há 10 anos valiam 20 dolares o Kilo e hoje valem 1000 (mil) . Toda vez que pergunto ao suisso que as compras, em que elas estão sendo usadas ele desconversa...Tudo que nos resta então é especular...uns acreditam que vai na turbina de avião, outros para proteger de radiação e outros ainda como mnc, acreditam tratar-se de super-condutores ou coisa que valha. Só sei que a macaca (turmalina preta quebra-liso) , foram a salvação da lavoura ....

Unanimidade entre os compradores de Stands, falta divulgação, os expositores investem e não tem o retorno que mereciam ter. Ao longo dos próximos posts, refletiremos sobre o por que da falta de interesse dos organizadores da FIPP em atrairem clientes compraodres.


Os pequenos canudos laranjas ao fundo em estado bruto são Topázios Imperiais de Ouro Preto, único lugar do mundo que tem ainda garimpo produzindo, um canudinho deste é vendido a 2 000 dolares a grama. O canudão azul céu é de água marinha e pode chegar a custar 100.000 dolares. Ao lado direito da imagem um pequeno pacotinho de 4 esmeraldas de 15 mil dolares, lote fechado ou seja as 4.

O comércio de pedras preciosas que até pouco tempo era um "Clube do Bolinha", proibido para mulheres, coisa do passado, hoje no trading para valer, colocando muitos marmanjos no bolso, como estas designers de Jóias, que são atendidas também por uma mulher.


Aqui já são as lapidadas, de preços mais em conta para montagem de Jóias, um pouco sem nitidez a foto...trata-se de: Azul clara Topázio Bombardeado, na caixa preta peridotos. Ao fundo, lilás ametistas e amarelas Topázio Rio Grande, as verdinhas olivas nos saquinhos a esquerda, crisoberilos.




Ana Paula que é vidrada em Turmalina , todas estas são. As do centro lapidadas em forma de cabochão, vermelho (Rubilita) e azul (Indicolita) e a rara de encontrar de cor laranja, apresentam um fenômeno raro em turmalinas, que chamamos pleocroismo (olho de gato), esta lista de luz branca bem no meio delas. Na caixnha branca a direita estão as preferidas da Aninha, fino gosto né minha flor? Este tom de azul único em turmalinas custam na faixa de cinco mil dolares o Kilate. O Garimpo esgotou o caldeirão e hoje tudo que se extrai, são Paraibas em formação (como frutos verdes), canudos sem cristalização. Nos próximos posts mostraremos os espécimes minerais pigmentadas de cromo Turmalina Parayba no Cristal, a Jega aqui fotografou cristal no fundo branco...Estes são bem mais em conta saem na faixa de 20 dolares o Kilate, são bem bonitos, eu particularmente amo.
Como hoje é o dia da Xepa...vamos p lá, e desta vez lembraremos da luz que não pode ser tanta...muitas imagens foram descartadas por uso indevido da luz...semioticamente falando...
Aos nossos queridos colaboradores que postaram questionamentos, sugestões, reclamações como o Sírius, Drica, Jane, Anônimo local, no post passado, por tratar-se de tópicos que demandam reflexão, esperemos até o fim da feira, para respondermos, perguntas que não querem calar, sobre o nosso rico Vale de Misérias.
Conversar com as pessoas envolvidas do setor, ouví-las para ter plena certeza daquilo que abordaremos na pauta é preciso.
Muita calma nesta hora!
Muita luz na Vida de todos e todas!
mnc.
Dica: Clicando em cima das imagens dá um Zoom nelas. Para melhor visualização.


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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

FIPP 2010: " A Feira na Fonte"

Caros,
Antes de trazermos à baila do nosso blog, imagens e pautas da FIPP, republicando um post nosso sobre as Gemas Minerais.

Gemas Minerais, prazer em conhecê-las!!!

Desde a mais remota antiguidade as pedras vêm despertando o fascínio da humanidade.
Para entendermos o elo eterno que une o homem a terra e aos tesouros que ela esconde, é necessário deixar de lado esta realidade tridimensional a que estamos acostumados e mergulhar na quarta dimensão: A do Tempo Geológico.
Há centenas de milhares de anos, um enfurecido caldeirão incandescente de magma exercia pressões inconcebíveis no interior da terra, levando massas monumentais de terra a se moverem.
Vulcões entraram em erupção, calor e pressão intensos agiram sobre as rochas, desestabilizando-as.
Os átomos libertaram-se de suas estruturas cristalinas e se misturavam aos gazes voláteis, água e outros elementos.
Esses materiais abrigados nas fendas e cavidades rochosas na medida que a terra ia se resfriando foram se recristalizando formando enfim as pedras preciosas.
Uma Gema Corada de boa qualidade é o resultado perfeito da perfeita alquimia gerada no ventre da terra em um passado remotíssimo.
Nosso propósito é levar você a penetrar no universo das Gemas Minerais, de forma lúdica e vivencial.
Uma experiência inesquecível de conhecer interagindo, todo o processo produtivo, desde sua origem, lapidação, identificação, história, cauzos e lendas garimpeiras.
Ciceroniado por guia especializada, com segurança e tranquilidade.
Oferecemos a você o privilégio de sentir, conhecer e apreciar o milagre da criação em seu habitat natural.
O “Circuito das Pedras Preciosas” a "Caminho das Pedras" está perfeitamente centrado na maior e mais variada província gemológica do planeta.
A variedade é tamanha que chega a ser considerada uma "Anamolia" Geológica” pela comunidade científica.

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Eucalíptos: Fake Green.

Imagens do depois e antes. Tirem suas próprias conclusões...

Ao fundo o Monte pascoal, o primeiro monte avistado por Cabral, onde era mata Atlântica exuberante, farta e bela...

Todos estes dias matutando cá com nossos botons, buscando palavras para traduzir o sentimento desolador de assistir a desertificação consumada pela monocultura do Eucalípto, no extremo sul da Bahia, Nordeste de MG e Espírito Santo.

Uma tragédia ambiental e social sem precedentes...Avassalador sentimento de quem por anos a fio anda por estes caminhos onde antes pulsava vida, árvores frondosas seculares uma colrida fauna e flora ... hoje testemunha embasbacada este bioma extraordinário aniquilado.

São milhares de Kilômetros atravessando vastos eucaliptols, nem um pio de passarinho, nem mesmo urubus, como nenhum bicho... rastejante, de asas, 4 patas, borboletas, flores...nada só o silêncio apavorante da terra morta.
Nesta nossa última passada por aquelas bandas, a primeira "colheita" sendo feita por máquinas, 24 horas por dia....



Justifica-se o progresso que demanda papel, no entanto por 600 reais pode-se comprar um e-book que armazena até 3 mil tíltulos... Talvez a demanda por papel higiênico, pois ainda não inventaram nada para substituir...humanidade cagona esta.



Foram anos de luta para impedir que se platassem eucalíptos no sul da Bahia, militância ferrenha de muitos que anteviam os danos irreversíveis...Me lembro em 1983 grávida do Gê, barriga pintada, em passeata na orla de Porto Seguro, naquela época a Globo repercutiu em rede nacional...

O Eucalípto e seu poderio econômico de comprar consciências e apoio venceram...

Por faltar-me conhecimento técnico na área, transcrevo aqui um estudo elucidativo, que fundamenta por A+B, feito pelo Defensor público Wagner Giron de la Torre em setembro de 2009, enviado por Vicente De Moraes Cioffi, http://pratoslimpos.org.br/?p=342 . Ah sim, imagens, do antes e depois...para que tirem suas próprias conclusões e comentem....


“A Câmara Ambiental do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo acolheu recurso interposto pela Defensoria Pública Estadual e, reconhecendo os severos impactos sociais e ambientais no município de São Luiz do Paraitinga-SP, determinou a suspensão de todo e qualquer plantio do eucalipto na região até a feitura pelas empresas VCP e Suzano de Estudos de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, devidamente guarnecidos com audiências públicas junto às populações locais”
As “belas” imagens elaboradas em meio ao enredo de uma novela “das oito”, veiculada pela maior emissora de televisão do país, que procurou infundir à grande audiência vitimada pela falta de acesso a canais alternativos de informação, a ideia do quão “maravilhoso” é o mundo recoberto por vastas e verdejantes plantações de eucaliptos, podem ser retidas como exemplo seguro deste tempo tão acrítico, marcado pela deificação do consumo.
Chegou-se ao cúmulo de inserirem cenas na sobredita novela global em que atores, saltitando alegremente no meio de bosquetes de eucalipto, deitavam cantilenas a respeito da falsa imagem da convivência harmônica do clonado eucaliptal e os seres silvestres. Dizem que até cantarolar de pássaros e a presença de outros bichinhos mostrou-se em meio à vastidão da monocultura representada na trama novelesca.
Ainda na vereda de refletir-se sobre as imagens construídas pela grande mídia empresarial no afã de sedimentar na consciência nacional a sacralidade da tríade monocultura-agronegócio-biotecnologia, nos deparamos, em meados de janeiro deste ano, com a notícia, mui comemorada nos escaninhos empresariais, de que, após meses de tentativas, finalmente o Grupo Votorantim, que ostenta entre seus quadrantes a empresa Votorantim Celulose e Papel, doravante nominada como VCP, conseguiu, com o auxílio luxuoso do BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, arrematar o controle da empresa Aracruz Celulose, com a observação de que os aportes de recursos públicos injetados na operação chegaram a casa (note-se bem, nestes tempos de crise global) dos R$ 2,4 bilhões. O BNDES, segundo as notícias, já era detentor de R$ 2 bilhões em ações junto a Aracruz.i Tudo muito limpo. Tudo muito moderno.
Tudo muito globalizado e politicamente correto nestes tempos, como acima sublinhado, em que a imagem comprada na mídia pesa mais do que quaisquer outros valores, até mesmo sobre a dignidade humana, tantas vezes trucidada no obscurantismo da pátria real, bem distante dos interesses veiculados por nossos maravilhosos veículos de mídia.
Mas, para a grande maioria da população, avulta escamoteada por essas imagens e representações orquestradas pela grande mídia uma triste realidade: a de que essas empresas do setor de papel e celulose, responsáveis pela expansão, em larga escala, do eucalipto em várias regiões do país, vêm sendo questionadas pelos movimentos populares como uma das principais causadoras de desastres ambientais e sociais incomensuráveis, motivadores de êxodos rurais e espoliações de terras indígenas e pelo estrangulamento e paulatina aniquilação de modos tradicionais de produção rural, como a agricultura familiar, pois, ao contrário das imagens construídas pela mídia, as plantações mercantis de eucalipto – como toda e qualquer monocultura semeada nas artificialidades dos laboratórios das grandes corporações – não interage com a natureza.
Nelas não há possibilidade alguma de existir vida diversificada, intercâmbio biológico, cadeia alimentar e condições naturais que permitam a sobrevivência, até mesmo, do mais rasteiro dos insetos.
Dessa realidade estéril é que resulta o conceito – tão bem lapidado ao tema – do DESERTO VERDE, concebido pela população rural afligida por seus negativos impactos.ii Sobre o mote, é sempre válido trazer à baila o depoimento do biólogo Elbano Paschoal, que acompanhou o drama da devastação ambiental, gerada pela monocultura do eucalipto, no sul da Bahia: “O desprezo e crueldade dispensados à fauna silvestre pelos promotores da monocultura de eucalipto, utilizando totalmente tabuleiros e terras planas, deixando apenas alguns grotões (ilhas de áreas íngremes) para ‘refúgio’ da fauna silvestre são estarrecedores. Muitas espécies não vivem (não estão adaptadas) em áreas com relevo acidentado, e estão sendo localmente extintas, especialmente as espécies endêmicas e raras. Além do mais, não há conectividade entre as ilhas de vegetação (nativa) imersas no mar de eucalipto. O eucaliptal não representa um corredor ecológico pleno, pois sabemos nós, ambientalistas, cientistas, empresários, técnicos do governo, etc., que inúmeras espécies não atravessam, muito menos utilizam o eucaliptal.
Algumas espécies, mesmo as aves, cuja capacidade de deslocamento é maior que a de outras, sequer atravessam uma estrada aberta num ambiente natural”.
Note-se: estamos a refletir não sobre meia dúzia de árvores exóticas, e sim sobre milhões e milhões de hectares recobertos por eucaliptos, para fins exclusivamente mercantis, fomentados pelas sobreditas empresas de celulose em várias regiões do país: sobre o já desertificado sul da Bahia, sobre o devastado norte do Espírito Santo, norte de Minas, região dos pampas gaúcho e sobre o Vale do Paraíba, em São Paulo, onde só a VCP detém mais de 259 fazendas recobertas por eucaliptos em mais de 35 municípios, com o estratosférico potencial de corte de 2.500.000 m3 de toretes por ano iv.
Nessa escala vertiginosa da monocultura, os impactos sociais e ambientais são incomensuráveis, até porquê a pesada e custosa estrutura fiscalizatória governamental (Ministérios Públicos Estaduais e Federais, DPRN, IBAMA, Polícias Ambientais, etc.) tem se mostrado inativa na vigilância e repressão a essas transgressões ambientais todas.
Segundo relatos formulados pela FASE/ES e constantes da CPI da Aracruz, desenvolvida na Assembléia Legislativa do Espírito Santo em 2002, a tão festejada agroindústria da celulose recobriu territórios originalmente ornados pela Mata Atlântica, tida pelo próprio texto constitucional como patrimônio nacional em função de sua riqueza em biodiversidadev, por vastos plantios de eucalipto com o escopo único de fomentar a indústria de celulose, reduzindo a cobertura vegetal natural no Espírito Santo, que era de 4 milhões de hectares em 1990 (cerca de 86,88% da área do Estado) para escassos 402.392 hectares (8,34% do território estadual).
Em outras palavras, a sacrossanta Aracruz substituiu, guiada por objetivos meramente mercantis, a maior biodiversidade do mundo pela estéril e exótica monocultura. Para tanto ocupou terras indígenas, poluiu o meio ambiente, insuflou o desemprego e êxodo rurais e instaurou um crescente processo de desertificação no norte do Estado, cuja devastação social pode ser constatada pelos depoimentos constantes da aludida CPI que, pelo fragor das notícias veiculadas pela grande mídia, parece ter resultado em absolutamente nada.
O avanço desenfreado dessa monocultura no Sul da Bahia e norte de Minas, segundo informes de geógrafo da universidade de São Paulo, já fez secar mais de 4 mil nascentes do Rio São Franciscovi, e só agora, após décadas de denúncias pelos movimentos sociais, é que a empresa Veracel Celulose, pertencente a Aracruz, foi condenada, em primeira instância da Justiça Federal, pela devastação da Mata Atlântica no sul da Bahia.
Os perversos impactos sociais e ambientais derivados da expansão dessa monocultura já estão sendo debatidos no âmbito do Tribunal de Justiça em São Paulo pela Defensoria Pública Regional de Taubaté-SP, que a pedido dos movimentos populares de defesa dos direitos dos pequenos agricultores de São Luiz do Paraitinga-SP o MDPA, ajuizou Ação Civil Pública nesse municípiovi, já absorvido pelo questionado cultivo em cerca de 20% de seu território quando, sabemos, os índices máximos tolerados pelos parâmetros de zoneamento agroflorestal traçados por normas expedidas pela OMS e por estudiosos no assunto, não suplanta a faixa de segurança de 5% dos territórios agricultáveis em cada município, sob pena de inviabilizar-se a concretização do tão propalado desenvolvimento sustentável e assegurar-se a preservação dos recursos naturais e áreas destinadas ao cultivo de alimentos.
Para alcançarem esse nível estratosférico de expansão, os expertos cientistas a serviço da florescente e rica indústria papeleira, desenvolveram mudas de eucalipto caracterizadas pelo hibridismo e pela clonagem, com níveis baixíssimos da substância conhecida como lignina (que serve para emprestar tessitura e consistência ao enfeixamento fibroso de qualquer madeira), permitindo um crescimento recorde dessas imensas árvores (em média, 6 anos para o primeiro corte) bem assim facilitando o processo industrial do branqueamento da massa de celulose e evitando, com isso, o anticomercial efeito do amarelecimento precoce do papel posto no mercado de consumo.
Afora o intenso processo químico historicamente utilizado na produção industrial do papel, as empresas fomentadoras desses cultivos – seja em terras próprias ou arrendadas – necessitam infestar o solo destinado à instalação da monocultura do eucalipto com toneladas e toneladas de pesticidas à base de glifosato (dentre outras tantas pestilências químicas), geralmente manejado com a aplicação do conhecido herbicida Round’up, da Monsanto, a fim de eliminar a presença de formigas (sic) e outros elementos naturais potencialmente nocivos ao esperado desenvolvimento das clonadas mudinhas, em processo tecnicamente conhecido como capina química.
Por influxo direto do engenho e arte dos cientistas a serviço dessas portentosas empreendedoras, e para a felicidade dos gestores e acionistas das companhias em referência, as mudas dos eucaliptos, a priori concebidas em laboratórios, são imunes aos efeitos químicos do glifosato, não sentem sua acidez, nem sua efervescência, nem qualquer atributo lesivo passível de contaminação desse devastador componente químico. Mas a natureza não passa incólume a tanta desgraça! [Ob.: o eucalipto transgênico Roundup Ready, resistente a herbicidas à base de glifosato, não está autorizado para plantio comercial]
Numa região caracterizada, geograficamente, como sendo um mar de morros, hoje vislumbramos um vasto mar verde, mar de eucalipto, mar morto.
Segundo declarações do campesinato local, em meio à insana expansão em escala industrial dessa monocultura, seus empreendedores não respeitam norma ambiental alguma, investem sobre cumes de morros, violam áreas de nascentes, irrompem em várzeas e aniquilam matas ciliares, intoxicando cursos d’água, rios e provocando a morte de incontáveis espécies da fauna local.
O zoneamento ambiental erigido em meio ao Código Florestal para fins de proteção das APPs – Áreas de Preservação Permanente – é copiosamente ignorado pelas empresas responsáveis por essa escalada absurda do cultivo nocivo dessas plantas exóticas, posto que implementam o plantio de eucaliptos em vilipêndio às distâncias mínimas demarcadas pelo artigo 2o da Lei Federal no 4.771/65.
Pela lógica informadora das forças gravitacionais, auxiliada com o adorno dos ventos e ocorrências de chuva, grande parte das toneladas e toneladas dos materiais químicos utilizados no manejo da monocultura acaba atingindo as nascentes, cursos d’água, córregos, rios, contaminando pessoas, animais, pastagens, enfim, dando causa a um desastre ambiental ainda não devidamente mensurado, isso para não se falar do esgotamento de poços, minas d’água e demais corpos hídricos em função do enorme poder de sucção do eucalipto, responsável pelo abandono de inúmeras posses rurais pelos agricultores afligidos com o ressecamento de suas fontes de água.
Afora isso, a formação de enormes latifúndios recobertos pelo exótico cultivo acaba aniquilando a diversidade cultural das localidades campesinas, inviabilizando o desenvolvimento da agricultura familiar, da pequena pecuária que há séculos eram implementadas pelas populações locais vitimadas pela escala hipertrófica da monocultura, fazendo com que se extinguam manifestações culturais tradicionais como festejos populares, atos devocionais emanados de lugares tidos como sagrados pela população originária, agora suprimidos pelos grandes latifúndios do eucalipto, consumando tudo de ruim que se possa perceber numa região já assolada pelo avanço da monocultura.
Tal qual a certeira interpretação tecida em obra fundamental pelo Prof. Carlos Walter Porto-Gonçalves, embora seja um dos pilares de sustentação da moderna agricultura capitalista “a monocultura revela, desde o início, que é uma prática que não visa satisfazer as necessidades das regiões e dos povos que produzem.
A monocultura é uma técnica que em si mesma traz uma dimensão política, na medida em que só tem sentido se é uma produção que não é feita para satisfazer quem produz. Só um raciocínio logicamente absurdo de um ponto de vista ambiental, mas que se tornou natural, admite fazer a cultura de uma só coisa“.ix
E todos esses questionamentos deram conteúdo à referida Ação Civil Pública, cujas provas, de tão consistentes, alicerçaram uma vitória inédita para o movimento social que vive a suscitar o debate atreito aos efeitos da expansão, sem limites, das monoculturas no país: é que a 1a Câmara Ambiental do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo acolheu recurso interposto pela Defensoria Pública Estadual e, reconhecendo os severos impactos sociais e ambientais no município de São Luiz do Paraitinga-SP, determinou a suspensão de todo e qualquer plantio do eucalipto na região até a feitura pelas empresas VCP e Suzano de Estudos de Impacto Ambiental – EIA/RIMA, devidamente guarnecidos com audiências públicas junto às populações locais.x
Outra decisão relevante sobre o tema foi proferida pela Juíza Federal Clarides Rahmeier na Ação Civil Pública n. 006.71.00.011310-0, da Vara Ambiental de Porto Alegre que, a pedido de entidades ambientais, determinou a suspensão de publicidade oficial, promovida pelo governo do Rio Grande do Sul, reputada enganosa porque só externava aspectos positivos do programa estatal de fomento à monocultura naquele Estado sem divulgar ao público as fundadas questões atreitas aos danos ambientais e sociais experimentados pela população vitimada pela expansão, em altíssima escala, do polêmico cultivo.
Como se percebe, os questionamentos que cingem o modelo agroindustrial encetado ao país pela elite dirigente são consistentes, exigindo um debate mais aprofundado para que a sociedade tenha acesso a informações mais completas a respeito dos imensuráveis impactos desse modelo de produção nos recursos naturais e seus reflexos junto às populações vitimadas.
O que choca, pela menos àqueles que detêm uma consciência mais aguda sobre essa realidade circundante, e que os veículos da grande mídia insistem em sonegar, é o absurdo investimento de recursos públicos a insuflar uma atividade submetida a tantas e severas denúncias de degradação.
A atuação do BNDES no fomento à expansão de tão danosa monocultura afronta preceitos legais enfeixados no acervo normativo voltado, teoricamente, à tutela do meio ambiente, em especial, ao que preconiza o artigo 14 da Lei Federal n. 6.938/81, instituidora da tão ignorada Política Nacional do Meio Ambiente, que é expresso ao determinar a perda e restrição imediata de quaisquer subsídios públicos à atividades danosas ao meio ambiente. O verde que recobre a agroindústria, como vemos, é enganador. As vastas plantações de eucalipto não são florestas, não se prestam a restaurar as infindáveis áreas de matas nativas suprimidas por esse insano modelo econômico e não geram nem a décima parte da oferta de empregos bradada por seus empreendedores. O que especialmente por parte dos integrantes dos movimentos sociais que fica,vivem a denunciar essa série sem precedentes de devastações, é a espera do momento em que órgãos fiscalizatórios, como o Ministério Público Federal, iniciem a necessária repressão sobre esses gastos desarrazoados de dinheiro público em atividades notoriamente degradantes. Se isso um dia se consumar, espera-se, não seja tarde demais.
WAGNER GIRON DE LA TORRE, é Defensor Público no Estado de São Paulo e Coordenador da Defensoria Regional de Taubaté.
notas:
“O Estado de São Paulo” 21.01.2009, p. B1. Também na UOL de 20.12009.
Como observado pelo consultor legislativo Maurício Boratto Viana em estudo técnico feito no âmbito do Congresso Nacional em abril de 2004, intitulado “Eucalipto e os efeitos ambientais do seu plantio em larga escala”:”a ausência ou pouca diversidade de espécies animais em reflorestamentos de eucalipto
parece ser a mais inquestionável de todas as críticas que se fazem a eles”.

Fonte: depoimento do biólogo Elbano Paschoal, inserido na web pelo grupo ambientalista GAMBA.

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segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Salve Geral, Arraial d'Ajuda.

Olá Bom dia Comunidade!!!
De volta a Minas, atualizando nossa pauta: "Festa da Santa, no Arraial d'Ajuda".
Voltamos revigoradas, mas tristes enquanto estávamos lá, uma grande amiga, irmã e parceira de carteado de uma vida inteira da sanfoneira se foi, primeira dama de Teófilo Otoni por 2 vezes...
Esta punha qualquer Michele Obama no chinelo, pela classe, cultura, bondade e principalmente pela honestidade, Ieda Coury Abrantes Barbosa, tia Iedinha.
Certa feita numa conversa sobre corrupção política e roubalheira do dinheiro público, ela nos confidenciou que durante o mandato do Marido Tote Barbosa, o proibia de pintar sua casa (pintar!!!), pelo pavor de pensar que alguém pudesse supor que estavam usando indevidamente o cargo do Marido eleito por 2 vezes prefeito da cidade...Não só eram Honestos como davam exemplo.
Tio Tote depois de prefeito continuou sua vida modesta até a morte, não se fazem mais políticos e primeiras damas neste Quilate.
Descanse em paz minha querida, tenho certeza que agora você está no mais alto dos céus na Santa Paz de Deus.
Aos Bisnetos, Netos, Irmãos e filhos, em especial Taciana, minha irmanzinha que tanto me aconselha nos cuidados com idosos, filha de ouro que durante todos estes anos cuidou com todo afinco e carinho de sua Mama.
O consolo dos que confiam que a vida não termina com a morte da corpo.






Acima um vídeo atualizado da Procissão, ápice da celebração.
Agradeço de coração ao Padre Stanislaw pelas imagens cedidas, ao mesmo tempo que o parabenizo pelos lindos momentos proporcionados e pela fantástica capacidade aglutinadora.
Extendo votos de louvor também a todos os colaboradores deste Grandioso evento de fé Cristã. Plenos na certeza de que todos os Romeiros que aí estiveram durante estes 9 dias, retornaram a seus lares mais do que revigorados.
A festa impecável, nenhum incidente tudo na santa paz de Deus e um clima de fraternidade era de Aquário total.´
A Célia, líder espiritual da Irmandade de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, coluna curada, quem decorou o andorro, magníficamente....sempre com o apoio de sua fiel escudeira Tia Toinha, as rezadeirias do Ofício de Nossa Senhora e do Kiriam Aleisom, todos os dias da celebração as 5 da manhã...estas mulheres fantáticas da Irmandade.
A Comunidade de São Pedro na Pessoa do Valdir Oliveira, bem como os Jovens músicos que fizeram fluir a música. Firmes agora na construção da Igreja de São Pedro naquela comunidade tão engajada, principalmente no resgate e profissionalização de jovens carentes.
A Jujú netinha caçula tem prova de Ciências, Brisa audiência no Fórum, indo estudar com ela.
Voltamos no pôr do sol com mais novidades.
Abraços e tenham um dia abençoado!!!










Caríssimos todos e todas,
Mergulhada que estava nesta enorme onda humana de fé , vivenciando derretida no meio do povo mais parecido ter saído do Imaginário Rosa Ser tão Veredas.
Dizem que até as pedras se encontram .
Eis que materializada reconheci pelas feições, parece com a filha e por fazer parte da Folia São Benedito de Caravelas, a sogra do nosso estimado Pacheco, D Maria da Penha mãe da Eudileuza. No meio de uma multidão, no fim da procissão na hora da benção.
Depois de um carinhoso abraço, perguntei pelo Pacheco...anda meio adoentado está se tratando em Santos.
Eu e a sanfoneira pedimos a nossa Senhora Mâe d'Ajuda que cure e forneça todos os meios que ele precise para se restabelecer prontamente.
Com fé em Jesus Maria e José ano que vem estaremos de novo aqui para agradecer nossa Graça alcançada.
Um Salve do coração ao Homem das luzes e diretor comp de Teatro Dry Opera, Caetano Vilela, aniversariando, parabéns e que o manto de Nossa Senhora d'Ajuda cubra você de bençãos. Floresçam todos os seus projetos.
Feliz também de ver que Mr Thomas está a todo gás, todo sólido e todo líquido reabrindo em Londres a versão Londrina da Dry Opera, reinventando-se e recomeçando novinho em folha, segundo ele mesmo em etrevista na Folha de São Paulo. Bravo Sir GT!!!
Acima o vídeo com imagens do nono dia da novena.
A procissão de ontem estamos editando as imagens, o dia esplendorasamente azul cor de Nossa Senhora e os milhares de devotos emanando a mesma energia de gratidão e fé...sentir isto nos alimenta a parte boa do ser e deixa o lado fera bem relax....
O tempo bom foi a conta das festa da Santa, hoje amanheceu virado, o dia foi de vento sul gelado desinfetante de pesamentos.
Pacheco nosso querido Lôbo do mar onde quer que você esteja estamos daqui rezando por você.
Saudade de todos.
Breve voltaremos a nossa rotina de postagens e feedings mais ligeiros...
Abraço carinhoso a todos!!!

Depois de publicado o post, lá no facebook, descubro pela homenagem da Ana Paula que é aniversário tambérm de nossa Poeta das sutilezas Glorinha, a ela um abraço e os mais sinceros desejos de que sua vida seja sempre iluminada de lindos poemas.

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terça-feira, 10 de agosto de 2010

Romaria 2010




















Buenas!!!
Continuamos nossa pauta “Festa da Santa”, com um big-pedido de desculpas por nossa ausência nestes últimos 2 dias.
Estivemos no Circuito do Cacau, numa típica fazenda embrenhada nas entranhas da exuberante mata Atlântica ao lado da Reserva Nacional de Monte Pascoal, Itamaraju, extremo-sul baiano, 8 longos anos nosso habitat natural.
Baterias recarregadas de volta ao Arraial, eis que enfim postamos algumas imagens da Romaria 2010, gentilmente cedidas do banco de imgs do Padre Stanislaw, batalhador aguerrido, se esmerando por proporcionar a todos os Romeiros e Peregrinos momentos inesquecíveis de fé, devoção e convivência fraternal.
Hoje quarta-feira, dia em que o Arraial começa a ferver com a chegada de milhares de romeiros, muitos caminhando por dias.
Uma gente simples, movida pela fé, junta tostão por tostão a fim de cumprir suas promessas ao terem seus pedidos atendidos, muitas vezes, tudo que lhes restavam era a fé.
Ene vezes a mnc suplicou em fases desesperantes e nunca Nossa Mãe do Céu a deixou de atender.
Vale lembrar que segundo pesquisa, o turismo religioso é disparado a motivação primeira a mover o brasileiro. O que mais estimula o povo Tupiniquim a fazer turismo, festas religiosas.
Breve também pautadas, as praias, dicas espertas, como chegar, onde ficar, toques by nigth...
A Aldeia Arraiana sempre recebe a todos com braços e coração bem abertos. Vale a pena conferir.
Tentaremos documentar a Ladainha de Nossa Senhora, rezada em latim abaianado pelas senhoras da irmandade de Nossa senhora do Perpétuo Socorro, hà séculos!
Nossa Senhora Mãe d”Ajuda e advogada nossa protegendo a todos a todas.
Abraço Fraternal.

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sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Arraial envolto em mar...mística terra de Brisas.



Primeiro Santuário Mariano do Brasil, localizado a 05 quilômetros de Porto Seguro, Arraial d'Ajuda, Costa do Descobrimento, 750 km de Salvador, além de sua natureza exuberante tem em sua atmosfera uma energia exepcionalmente curativa.

O Arraial de Nossa Senhora foi uma homenagem a Tomé de Souza e aos primeiros jesuítas que aqui chegaram em 1549, com suas 03 naus: Conceição, Salvador e Ajuda, posteriormente viriam a ser nomes de cidades e de suas primeiras igrejas.

O Arraial não participou da chamada "rede urbana do século XVI" como Porto Seguro e Cabrália. Antes da construção da capela de palha só havia um vasto canavial.

O famoso pregador jesuíta, José de Anchieta, escreveu no início do século XVI sobre o "sonoro brando sussurro da água que milagrosamente jorrou de uma fonte, fora do frontispício da igreja, ao pé de uma frondosa árvore, quando o Pe. Francisco Pires celebrava ali o santo sacrifício da missa".

Além de Anchieta, outros autores apresentam várias versões sobre o milagre d'água, entre eles, o Pe. Simão de Vasconcelos na sua "Crônica da Companhia de Jesus no Estado da Bahia", na edição de 1864 escreve: “Um lenhador, habitante de um rancho calmoso à aureola da costa, subindo certo dia o ápice da montanha, de repente topou surpreso em um calhau; era a milagrosa santinha.

Tornou-se um ermitão, peregrinava em torno, fazendo curas milagrosas, cujos proventos se destinavam ao levantamento de uma igreja, a que deu o nome de Nossa Senhora d’Ajuda”.

Existe uma outra lenda: "vendo um irmão um tronco de uma árvore muito grande junto à ermida, pediu a Nossa Senhora o milagre de lhe dar água naquele lugar. Pe. Nóbrega, estava presente disse: "mais podia a Senhora". Quando todos foram à missa, no meio do santo sacrifício, arrebentou de súbito um grande jorro de água no lugar assinalado no tronco da árvore, junto ao altar de Nossa Senhora".

Uma outra versão diz: "No alto de uma planície, morava um fazendeiro que não gostava de ver passar pelas suas terras, aqueles religiosos, que iam e viam carregando a água. Um dia, não suportando mais a invasão, determinou a proibição dessa passagem. Logo os fiéis não pararam de rezar, a suplicar pelo milagre de uma fonte de água, para seu trabalho, sua sede, o que, num momento, aconteceu em plena hora da missa. E o fazendeiro, arrependido, resignou-se à religião cristã e comungou com os fiéis, unindo-se a eles".

Segundo o Pe. Serafim Leite, na sua "História da Companhia de Jesus", edição 1945, afirma que foi Vicente Rodrigues o descobridor da fonte. “Foi no tempo da construção da primeira casa. Estando lá 02 padres, Vicente Rodrigues e Francisco Pires, quis o próprio Deus; e a terra se abriu e surgiu a mais famosa fonte que até agora há naquela terra”.

Dentro desta atmosfera mística, a Romaria anual que celebra a festa de Nossa Senhora Mãe d'Ajuda atrai milhares de ardorosos peregrinos e romeiros, que aqui vem pagar suas promessas por Graças alcançadas, bem como renovar seus pedidos HÁ 461 ANOS!!!

REDESCOBERTA...

Em meados dos anos 70, a onda alternativa balançava as estruturas convencionais, a primavera de París repercutia: "Seja realista, peça o impossível", mochila nas costas, um mundo a reinventar, jovens em busca de um sonho, que enfim, encontraram em Arraial o lugar perfeito, gente nativa amavelmente receptiva e uma natureza exuberante, nesta leva de sonhadores , acreditava piamente ter redescoberto a Ilha de Utopia a mnc.
A partir de então, muitos que aqui passaram, resolveram fixar raízes, trabalhando e contribuindo para que este paraíso fosse se tornando no que é hoje: rota da trilha de viajantes de todo o planeta , o que dá ao Arraial uma cara pitoresca e universal.

Estamos aqui em Arraial d'Ajuda mais uma vez pagando nossas promessas por tantas incontáveis Graças recebidas, precisamos pagar nossas promessas para ter crédito com a Santa...

"Pro cês" terem uma idéia de nossa devoção a NSA, sonhei uma música para ela, hoje faz parte de um CD que serve integralmente para as obras da Igreja, temos autoria em 2 músicas .

Devo a vcs aprender a postar mídia de som, vou pesquisar, por enquanto a letra, é música de procissão, responsorial, cadência de folia de Reis.

Abençoa Mãe d'Ajuda - refrão

Que seu povo lhe saúda

Vim buscar da àgua que brota

Nesta fonte milagrosa

Dos males me curar

Refrão

Romeiros peregrinos

Buscam um melhor destino

Mesa farta amor a paz

Refrão

Singelo santuário

Verdadeiro relicário

Tantas Graças alcançadas

Refrão

Protetera dos aflitos

Desatai nossos conflitos

A Jesus Cristo nos levai

Uma musiquinha simples esta do sonho...uma imensa prosissão com a imagem de Nossa Senhora d'Ajuda e o povo cantado...se tormou realidade, um emoção enorme ouví-la tocando no auto-falante da Igrejinha, primeiro santuário Mariano do Brasil.

O blog agora respira ares marinhos numa primavera temporã.

O feeding de imagens com certeza desta, vamos agora nos preparar para o grande início.

Múltiplas pautas: Lugares, fazeres, saberes.

Que Nossa Senhora d'Ajuda abençoe a todos e todas.

mnc.

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segunda-feira, 2 de agosto de 2010

FESTIFARSA, o engôdo.

Olá Buenas Blogsfera!!!
Passando da hora de virar esta página...
Respirando ares Arrainos, purificada da mágoa, da murmuração a ação numa fração de tempo.
Nos próximos posts , pauta Arraial d'Ajuda, uma radiografia do inusitado.
Não deixem de conferir.

Quanto a FESTIFARSA, um Anônimo nosso comentarista assíduo, nos envia a fundamentação legal para nossa petição inicial:

"Em concurso público, a tentativa deliberada de chancelar a escolha de candidato anteriormente indicado por critérios meramente subjetivos viola o disposto no art. 37 da CF/88 por inobservância do princípio da impessoalidade e provoca dano moral àquele que, confiando na seriedade do certame, é preterido." (STF, Jurisprudência).
Abraço fraternal.
mnc.
Do banco de imagens do FESTIVALE, ato falho deles, palhaçada mesmo. só palhaços engolem marmelada sem vomitar

Como participante do FESTIVALE, senti na pele e doi na alma, constatar a falta de lisura, transparência e o profundo desprezo que nutrem aos compositores e artistas selecionados para o festival da canção.


Não tivemos acesso a pauta de avaliação devidamente assinadas com as notas dos jurados, durante a apresentação. Tudo feito a portas fechadas, na calada da noite.


É direito do julgado saber os critérios de julgamento do Julgador. Afinal é nosso nome e imagem que são expostas, qualquer concurso tem obrigação legal de expor a público a pontuação , jurado a jurado, de seus participantes.


Outro ponto é o descrédito , anuciaram que o resultado das classificadas na final sairia na sexta, depois no sábado pontualmente a 10, só saindo 14 horas, uma longa espera de agonia.


Não é difícil na era da informática somar no excel a pontuação de 20 concorrentes. Claro que eles já sabiam o resultado manipulado, sadismo psicótico e desconsideração total aos participantes. Eu faria em meia hora, ora bolas.

Um evento bancado com gorda verba ministerial, além da CEMIG, CEF ...etc. afinal é nosso dinheiro, carecia ser tratado com mais cuidado, tendo apoio financeiro de grandes empresas, não pode ter esta tratamento inumano aos participantes, que inclusive pagam taxa de inscrição.

Quando inscrivi minha música, ainda não sabia que seria selecionada, daí não foram os nomes dos músicos, na secretaria do FESTIVALE um ser das trevas padre-parisiense chamado Jô me disse que poderia ser penalizada com perda de pontos caso apresentasse os meninos e seus respectivos instrumentos. Tive que pedir o Dr Gonzaga para fazer.

Não é ético colocar na banca avaliadora pessoas nascidas no lugar do evento e muito menos membros do FECAJE. Como foi em Padre Paraíso, 2 canções locais imerecidamente foram agraciadas e menos ainda para presidir o Júri o responsável pela arte "impressa" do FESTIVALE (o que castrou os versos de minha música)

A música de Maria Letícia,linda, merecia certamente estar entre os 3 primeiros lugares.

O tema de nossa autoria, foi convidado a ser apresentado no conservatório de música da UFMG em congresso patrocinado pela universidade de Nova York, "Encuentro de las Americas", BH, parceria como a UFMG, reúne a cada biênio em um país diferente, pesquisadores de etnias ameríndias, antropológos de todo o mundo e foi ovacionada, sendo convidada pelo Prof NYU Guilhermo Penea a reapresentá-la no teatro Francisco Nunes. Ano passado foi em Còrdoba (Argentina) tive a honra de ser convidada a ir, não pudemos mas ano que vem com certeza iremos.

Trata-se de um enredo, em forma de samba sincopado, com 4 variações melódicas, que conta a História da colonização do ponto de vista e semiótica do Índio... Arranjo e partitura feito por um mestre virtuoso, Maestro Luis Neto. Não entendo como não conseguimos chegar nem nas 10 finais.

O mais grave, foi adulterada, 6 (seis!) versos dela não foram impressos no livrinho distribuido aos 4 cantos, acredito que propositalmente, o que temo é que tenham feito o mesma sabotagem com as entregues ao Jurados, tenho backpeado no meu note-book, provando que ela foi na íntegra, detalhe o presidente do Júri é membro da FECAJE responsável pela arte impressa da instituíção...Uma parte crucial da música.

Acompanhada por impecáveis músicos com mais de 20 anos de carreira, horas e horas de ensaio, para chegarmos ao ponto, além das despesas que foram muitas. Alisa um agradecimento do fundo de meu coração ao Rosemberg (cavaco), Clóvis meu peixe (violão), Roberto (bumbo e surdo), Wesley (pandeiro e tamborim) e Tilica (repinique, caixa)

Contamos com o patrocínio da universidade UNIPAC, que patrocinou o trasnporte dos músicos. Nossos mais sinceros agradecimentos a UNIPAC, por acreditarem em nosso potencial.

Agradeço também aos meus amigos e amigas que nos prestam solidariedade, tanto aqui no blog como na vida real.

E a minha família que não tem medido esforços para me tirarem desta profunda depressão em que me encontro, o filhão vai me arrastar para o Arraial, curar as mágoas na água da Santa.

Para me dedicar ao festival deixei de lado meus afazeres profissionais, as férias de Julho no Arraial d'Ajuda.

Não choro aqui o choro dos perdedores, mas entrar em jogo de cartas marcadas, sem trasparência, exige providências inclusive jurídicas.

Para ter acesso a pauta de pontuação do jùri minha advogada vai precisar protocolar um requerimento junto a FECAJE, segundo acordo verbal com o presidente Dr Gonzaga Medeiros.

Espero que nos próximos FESTIVALES levem em consideração os músicos participantes que não são bichos, o alojamento campo de concentração é desumano e os hotéis (se é que podemos chamar hotel) nos cobraram preços extorsivos.

Tem um ditado espanhol que diz "Ao inimigo nem água", pois bem, no momento em que iamos nos apresentar, já no camarim, várias garrafas de água mineral expostas na mesa, nos dirigimos a Nina (staff) e pedimos por favor um pouco de água...ela fechou a cara e disse rispidamente, que água era só para o pessoal do staff e músicos, disse-lhe humildemente que era música e ia me apresentar naquela hora, não poderia ir até o bar comprar, ela respondeu ... músicos de verdade aqueles contratados profissionais do FECAJE e o bar era pertinho.

Entre decepcionada, indignada, deprimida, envergonhada e abatida moralmente, não vemos outra saída a não ser providências jurídicas cabíveis.

Mil desculpas em ocupar este espaço sagrado com minhas lamentações, que sirva para os próximos festivais este alerta, sejam coerentes com o que pregam...

Quanto as imagens do festivale, me desculpem mais uma vez, preciso apagá-las da lembrança, tudo deletado. Fica aquele palhaço da head line, projetado pelo diretor de artes gráficas num ato falho do FESTIVALE, o mesmo que amputou os versos de nossa música...palhaçada!!!

Lanço aqui um apelo aos patrocinadores: Antes de soltarem a verba, exijam como contrapartida lisura e transparência, o FESTIVALE carrega o nome e a credibilidade penhorada pelos senhores...ao menos água aos músicos no camarim e alojamento decente merecemos. Pega mal o público percebeu e também não entendeu o motivo de não estarmos nem entre as 10 finais.

Os cavalos e bois da exposição agropecuária têm melhores tratamento do que nós.


A arte como permanência no mundo

Dança nas beiradas de olhos fechados

Muiots morreram no globo da morte antes da estréia

Cairam da corda bamba antes da rede erguida

Até os bambas vacilam e tombam

Ouvem o chamado que ensurdece

Voz do mundo que encarna em si

Cabaça de biriba

Não trocam o ofício

O Tornam sagrado

O ofício do novo

Não estamos sozinhos

A arte permanece quando morrem as mães

A arte permanece quando fracassam os políticos

Quando o casamento acaba, quando não se evitam as falências

Somos artistas até sem domicílio ou nação

Não faremos concursos públicos

Nem seremos crianças obidientes

Seremos expulsos, mas a arte permanecerá

Não somos intelectuais nem eruditos

Somos artistas

Criatividade insubmissa

Exuberância íntima, intuição

O cotidiano como medida de plenitude

Sem meio expediente

Ainda que se fabriquem armas nos desertos

Ainda que se auto-destruam

Comensais no manicômio

Piratas das heranças

Poetas não morrem

Antecipam a madrugada.





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