sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Provocações - Receita pra Lavar Palavra Suja (Viviane Mosé)

doxa, sofhia e episteme...

Salve Blogosfera!
Retomando depois de um longo e prolongado silêncio, postar não está peixe, muito embora se por um lado cuidando das feridas abertas, por outro feliz e grata da vida, asilada acadêmica na UNIPAC  onde encontrei amparo, calor humano,  ferramentas adequadas, colegas que formam um time, solidariedade, colaboração espontânea é prática constante,  e principalmente Professores extraordinários.
Aliás, preciso fazer uma retratação, não sabia nada de Universidade Particular, achava fundamentada na opinião alheia que no ensino pago as coisas são facilitadas...Ledo engano.
De uma certa maneira sim, os Professores são realmente mais criteriosos e cobrados no desempenho positivo de seus alunos, mas no que tange ao rigor com que tratam o plano de ensino e as avaliações, que felicidade, agora posso ter a minhas em mãos, ler, reler, fazer, refazer, aprender com meus erros, coisa que me eram privadas até hoje querendo saber a razão...
Para dizer a verdade no duro da cebola por mais que ela doa, é como ir a um médico do SUS e outro pagando particular...É a mais pura verdade, sem tirar nem por!  Sobram poucos e raros mestres não corporativistas e éticos.


Como nosso blog tem muitos acessos e o pessoal me pede para publicar nossos trabalhos acadêmicos, que já são mais de 100. Vamos selecionando publicando vez por outra quando der.
Nosso blog anda por si mesmo, com mais de 150 postagens, e quase 100 000 acessos pelo mundo inteiro.

Ao final Abujamra, provocações, receita para lavar palavra suja, Viviane Mosé...sermão encomendado. 

Em pauta uma reflexão dos saberes  doxa, sofhia e episteme.
Hora desta publico as estatísticas.
Meus sinceros agradecimentos.
Abraços!


                                        Rafhael,  Stanza della Segnatura-Iustitia



UFVJM
Tecnologia e Desenvolvimento
Prof. Dr Germano
Discente:  Mariene Nunes de Campos

Questão proposta pelo Professor:
Os saberes em seus radicais Latino (sapere) e, Grego (doxa, sofhia e episteme) estão profundamente enraizados na língua portuguesa, em nosso afazeres diários.

No atual estágio de desenvolvimento científico-tecnológico, como conciliar estes saberes?



O propósito de se refletir a respeito dos questionamentos acima: discernir dentro do campo dos saberes humanos a que se conceitua cada um, distingui-los, identificá-los e por fim meditar a respeito.
Buscamos primeiramente na vasta bibliografia do tema definições dos termos.
Em grego temos três palavras referentes ao fenômeno do conhecimento: doxa, sofhia e episteme.

Doxa significa opinião, isto é, o saber próprio do senso comum, o conhecimento espontâneo ligado diretamente à experiência cotidiana, um claro escuro, misto de verdade e de erro.

Sofia é a sabedoria fundada numa longa experiência da vida. É nesse sentido que se diz que os velhos são sábios e que os jovens devem ouvir seus conselhos.

Episteme significa ciência, isto é, o conhecimento metódico e sistematizado. Consequentemente, se do ponto de vista da sofia um velho é sempre mais sábio que um jovem, do ponto de vista da episteme um jovem pode ser mais sábio do que um velho (SAVIANI, 2005, p. 1415).

Considerando o pensamento de Dermeval Saviani, o ensino nas instituições deve se ocupar dos conteúdos científicos (episteme), ou seja, do saber metódico, elaborado, sistematizado.

Assim, o autor delimita muito claramente o papel e o sentido da existência de uma instituição como a escola: ela existe para transmitir, não o senso comum ou opiniões, e sim, o conhecimento científico.

Não se trata, pois, de qualquer tipo de saber. Portanto “episteme” diz respeito ao conhecimento elaborado e não ao conhecimento espontâneo; ao saber sistematizado e não ao saber fragmentado; à cultura erudita e não à cultura popular.

Em suma, “episteme” tem a ver com o problema da ciência. Com efeito, é exatamente o saber metódico, sistematizado.

 A esse respeito, é ilustrativo o modo como os gregos consideravam a produção dos saberes.

Tal postura do referido pesquisador provavelmente se deva e se justifique. Num mundo em que a empregabilidade e sucesso profissional dependem cada vez mais do desempenho técnico, do rigor intelectual da atualização e do conhecimento, a reflexão dialética da questão proposta nos remete à reflexão de como reconciliar saberes: Doxa, Sofhia e Episteme .

Levando a questão para o campo da dialética, a  fragmentação do conhecimento, senso comum das coisas (Doxa), sabedoria da experiência (Sofia) e o conhecimento sistematizado (Espetème) , prevalecendo como saber no mundo acadêmico  “Episteme” em detrimento aos ramos da mesma árvore podadas Doxa e Sofia, diferentes entre si sim as três,  mas as raízes estão na mesma força que move a humanidade, ou seja o dedo polegar opositor do primeiro hominídeo a descer das árvores, a força motriz que fez o homem das cavernas criar soluções para resolver seus problemas até nos dias de hoje ao se criar a mais “hightec” das tecnologias.

Epistème se distanciou e muito de Doxia e Sofhia, que no nosso entedimento nunca se separaram, muito embora epítseme beba na fonte do senso comum das coisas, como o cientista que ao observar índios se medicarem e curarem-se de determinada moléstia, com uma determinada planta, num momento Doxia (insigth) roubam alguns exemplares da tal “erva milagrosa”, isolam seus princípios ativos, criam um pílula sintetizada e  vendem suas descobertas aos grandes laboratórios, ignorando muito convenientemente, que Doxia e Sofihia  foram a fonte que lhes proporcionou a “descoberta” inovadora.
A NASA quando lançou a sonda espacial voyage para pesquisar o planeta Marte, imprimiu na sua fuselagem o nome de todos os grandes sábios da humanidade, desde Aristóteles até os dos dias de hoje, que contribuíram na soma sistemática de saberes, geração após geração que tornaram possível   tal façanha humana, explorar e conhecer “in locco”, ainda que virtualmente nosso vizinho de sistema solar.
Apesar de não conhecermos a USP, certa feita lemos que no gabinete do Reitor, se não nos falha a memória, o Dr Zerbini, pioneiro em transplantes de coração no Brasil, mandou imprimir no piso do Holl de seu gabinete  em letras garrafais: “ Aqui nenhuma forma de Conhecimento é desprezada”.
Muitas correntes do pensamento científico tem proposto reconciliar os saberes, catando os caquinhos do esquizoide espelho fragmentado quebrado pelo conhecimento aristotélico sistemático, sua Majestade Episteme, como Capra, cientista renomado alemão.  No seu livro “O Tao da Física”, Capra dialeticamente faz uma reflexão traçando analogias entre o I CHING, um oráculo escrito há milênios e a física quântica.
No campo do inconsciente humano, esta fragmentação de saberes trouxe danos a nossa integralidade, concluímos evocando Karl Gustav Young:
“O homem moderno, não entende o quanto seu racionalismo (que lhe destruiu o dom de reagir a idéias e símbolos numinosos), o deixou a mercê do submundo psíquico. Libertou-se das superstições ( pensa tê-lo feito), mas neste processo perdeu seus valores espirituais em escala positivamente alarmante. Suas tradições morais e espirituais desintegraram-se, por isso paga agora um alto preço em termos de desorientação e dissociação /universais".

Karl Gustav Jung

Referências Bibliográficas:
SAVIANI, Dermeval. Pedagogia históricocrítica:
primeiras aproximações. 9 ed.,
Campinas, Autores Associados, 2005.

O Tao da Física: Fritjot Capra

I Ching na interpretação de Jung(chute, esqueci o nome do livro...lido há uns 20 anos)


No mais estimado professor um feliz Natal e Próspero ano novo! 






Mergulhar a palavra suja em água sanitária.
depois de dois dias de molho, quarar ao sol do meio dia.
Algumas palavras quando alvejadas ao sol
adquirem consistência de certeza. Por exemplo, a palavra vida.
Existem outras, e a palavra amor é uma delas,
que são muito encardidas pelo uso, o que recomenda esfregar e bater insistentemente na pedra, depois enxaguar em água corrente.
São poucas as que resistem a esses cuidados, mas existem aquelas.
Dizem que limão e sal tira sujeira difícil, mas nada.
Toda tentativa de lavar a piedade foi sempre em vão.
Agora nunca vi palavra tão suja como perda.
Perda e morte na medida em que são alvejadas
soltam um líquido corrosivo, que atende pelo nome de amargura,que é capaz de esvaziar o vigor da língua.
O aconselhado nesse caso é mantê-las sempre de molho
em um amaciante de boa qualidade. Agora, se o que você quer é somente aliviar as palavras do uso diário, pode usar simplesmente sabão em pó e máquina de lavar.
O perigo neste caso é misturar palavras que mancham
no contato umas com as outras.

Culpa, por exemplo, a culpa mancha tudo que encontra e deve ser sempre alvejada sozinha.
Outra mistura pouco aconselhada é amizade e desejo, já que desejo, sendo uma palavra intensa, quase agressiva, pode, o que não é inevitável, esgarçar a força delicada da palavra amizade.
Já a palavra força cai bem em qualquer mistura.
Outro cuidado importante é não lavar demais as palavras
sob o risco de perderem o sentido.
A sujeirinha cotidiana, quando não é excessiva,
produz uma oleosidade que dá vigor aos sons.
Muito importante na arte de lavar palavras
é saber reconhecer uma palavra limpa.
Conviva com a palavra durante alguns dias.
Deixe que se misture em seus gestos, que passeie
pela expressão dos seus sentidos. À noite, permita que se deite, não a seu lado mas sobre seu corpo.
Enquanto você dorme, a palavra, plantada em sua carne,
prolifera em toda sua possibilidade.
Se puder suportar essa convivência até não mais
perceber a presença dela, então você tem uma palavra limpa.
Uma palavra LIMPA é uma palavra possível."

domingo, 21 de julho de 2013

Muitos vinte centavos depois...


    Abaixo áudios que evidenciam os fatos expostos no relatório abaixo...
    I e II:  Critérios avaliativos
     
           
                III e IV: Deliberação de mudança de horário no pós-greve
       
            
           









  • Depois de muito refletir, levamos a conhecimento público, objetivando criar uma massa crítica que se mobilize e engajados possamos mudar esta estarrecedora realidade,  relatório apresentado em novembro de 2012 ao ICET (Instituto de Ciência Engenharia e Tecnologia) da UFVJM, Universidade Federal dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, e até hoje aguardo resposta.



     Admitida neste instituto via ENEM, na ampla concorrência, sem cotas, décima oitava colocação em 120 vagas, cursando atualmente o quinto período de Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, aos 52 anos de idade depois de passar 32 fora da escola. Flashback: Admirável novo mundo Acadêmico.

    Não tem sido nada fácil,  não pela brutal carga horária integral, o calendário defasado da greve, pela complexidade de assimilar conteúdos descontextualizados numa proposta fundamentalmente interdisciplinar,  a falta de ferramentas mínimas como um quadro de parede inteira para cálculos,  em quadros minúsculos, quando a resolução requer muitos procedimentos algébricos, são apagados para dar lugar a novas etapas da questão, quebrando o raciocínio se o víssemos na sua totalidade um quadro de parede inteira, como tem sido há séculos nas boas escolas de engenharia que se prezam. Ou então ter de equilibrar-se sem rasurar na estreita carteira desenhos com projeções em escalas, perspectivas, não existem pranchões de desenho na escola de engenharia....Não, isto a gente até que vai armengando.

    Mas o que não dá mais é sobretudo a falta de respeito a nós alunos e total desprezo ao estrago que fazem em nossa autoestima em frangalhos com decretos e desmandos, como se nada estivesse acima daquela autoridade imperativa que decide o destino de seus alunos com uma canetada sem passar pelo crivo avaliativo imparcial e ético da consciência.

    Temos o dever de sermos justos e salvaguardar os excelentes Mestres que temos em nossa Universidade, a eles minha gratidão, preces, reverência, respeito, carinho. No nosso próximo post, trataremos expor os conhecimentos adquiridos em aprendizado por eles outorgados, num web-paper reflexivo sobre o Campus Saúde: "Pitaco na Celeuma", uma forma de mostrar que o dinheiro público que o cidadão paga nossos estudos está valendo a pena, aprendemos a pensar, projetar e executar soluções, sem perder nunca a humildade e a meta, conhecimento como forma de gerar justiça social.

    Os áudios postados, via radiotube, para fundamentarem nosso relato se justificam numa solução: 

    Passamos a gravar as aulas no intuito de otimizar meu aprendizado, conciliar a limpeza e cuidado da casa em que o sentido da audição fica livre apesar das mãos ocupadas, sentido este a mim bastante favorecido, ouvidos disponíveis podem ser ferramentas para enquanto passo horas empatada entre tanque, vassoura, chão, quintal ir ouvindo as aulas..

    Do vasto material que pretendemos tornar público, este primeiro post, em que finalmente a gente decide quebrar o silêncio...
    Reservaremos aos comentários mais detalhes...Se quiser comente como anônimo, sigilo preservado! 


    Sr Coordenador do ICET da UFVJM ,


    Mariene Nunes de Campos, brasileira, residente e domiciliada nesta Comarca de Teófilo Otoni, discente deste instituto, cursando  Bacharelado em Ciência e Tecnologia, matrícula: 2011 1021 086, mui respeitosamente vem expor e ao final requerer a esta Coordenação:

    A aluna esteve matriculada na disciplina funções de uma variável, cálculos I, ministrada pelo Professor  temporário, não concursado, o Sr Danilo Bento Oliveira, também aluno deste Instituto, e nesta qualidade foi submetida a avaliação na data de 06/11/2012.

    Para maior clareza à luz dos fatos, ao contrário do que se recomenda 3 avaliações  de 30 pontos. O referido professor, caso esta coordenação não saiba, é o único Docente que adota como critério de avaliação: 100 pontos inteiramente ejetados em 2  provas de 50 pontos cada, sendo que absolutamente nenhuma atividade complementar como trabalhos, pesquisa, seminários, que possam estimular e auxiliar  no entendimento para pleno aprendizado ou mesmo para complementar  o índice de desempenho dos seus alunos/colegas são porventura cogitados . Alega o referido quando seus alunos o questionam a razão: “Trabalho dá Trabalho para corrigir”

    Neste particular ora em tela, a última avaliação, durante na que era para ser a penúltima maratona de 5 aulas geminadas nas segundas de 17 às 22 horas, sendo no entanto última, aula esta em que os parâmetros dos critérios avaliativos foram minunciosamente expostos.


     É importante asseverar, que em sala de aula, o referido Professor concitou os alunos a estudarem os capítulos do livro que mais cobraria na prova, citados um a um, ao mesmo tempo em que assegurou aos alunos  quais  conteúdos não iria cobrar na prova, discriminando um por um dos mesmos. Tranquilizando que focassem a atenção naquilo que certamente iria cair. No mesmo instante em que pontuou o conteúdo que certamente os alunos pudessem focar.  

     Declarou ainda (conforme gravações em viva voz do mesmo), que seria condescendente com pequenos deslizes, como o referido professor comete em sala de aula e volta e meia é corrigido pelos alunos. Foi claro ao declarar perante toda a classe:  

    Caso seus alunos  na  resolução das questões  errassem  no resultado,  mas apresentassem o raciocínio adequado, a fórmula que se encaixa para resolver a questão, iria levar em consideração e  computar positivamente no resultado do teste. (também registrado em gravação)

    No entanto o  citado elaborou uma avaliação com questões nunca nem ventiladas em sala de aula, problemas de física, para alunos que ainda nem Física I cursaram, uma avaliação com grau máximo de dificuldade.       

     Com todo respeito, tal atitude induziu os alunos ao erro, sendo conveniente destacar  que os alunos estavam recém saídos de uma longa greve de 4 meses, que trouxe prejuízo ao calendário acadêmico, sendo que sob enorme pressão, uma vez que o conteúdo programático previsto foi completamente “despejado”  de qualquer forma, em tempo recorde.

    Outro questionamento é:  Como colega, o Professor Danilo compete com os seus pares na pontuação de índice CRA, por analogia poderia o referido no jogo acirrado em busca de melhorar a média de desempenho, poder hipoteticamente apadrinhado,  querer prejudicar seus pares, com os poderes a ele  atribuídos,  arbitrar notas conforme suas ambições acadêmicas. São conjecturas  despertadas  à medida que os desdobramentos das atitudes do referido vão sendo analisadas à luz dos fatos.

    Uma vez que enquanto na Universidade Particular , onde também leciona, o tratamento aos seus alunos é bem “diferenciado” : Na distribuição dos créditos, são 3 trabalhos de 15 pontoss, 3 provas de 15 pontos a ainda assim se o cliente aluno não conseguir ser aprovado, tem 10 pontinhos para adquirir mediante pagamento das mensalidades, seu diploma de Engenheiro. Vale ainda lembrar que a rede pública paga muito mais aos seus  funcionários...

     Sem sombra de dúvida que temos aí um processo de exclusão social, e privilégios adquiridos pelo poder financeiro, quem pode pagar, não precisa nem estudar e quem passa no fino filtro do ENEM e consegue entrar numa Universidade federal padrão de atendimento SUS, tratado como cidadão de segunda classe. Dois pesos e duas medidas que o professor adota no trato com seus alunos, da rede pública descaso e na privada regalias.

    Importante ainda salientar, que contrariando  determinação do MEC, foram ministradas aulas geminadas em 5 horas ininterruptas, no final da já estafante carga horária integral, no período de 17 às 22 horas. O que comprometeu sobremaneira a qualidade das aulas, e conseqüentemente o aprendizado. Desrespeitando o direito garantido na constituição brasileira: O direito ao descanso.

    Alunos  não são máquinas, são seres humanos com capacidade intelectual limitada, suscetíveis ao stress, ao cansaço físico, psicológico e mental.

    O que se espera de uma  Instituição de Ensino do quilate da UFVJM, é que prepare seus alunos para mercado de trabalho, que os trate com equanimidade, desenvolvendo suas potencialidades, infelizmente a realidade que deparamos é bem diferente desta ideal.

    Como se não bastassem todos os percalços que a greve  trouxe, o referido professor, deve aos alunos e ao Estado que paga seu salário, 10 horas aulas, que seriam despejadas no sábado dia 3 de novembro, conforme cronograma enviado por e-mail pelo próprio Sr Danilo, posteriormente canceladas, deliberadamente ao seu bel prazer,  conforme sua disponibilidade, dando aula quando lhe aprouvesse, como se esta instituição fosse a “Casa de Mãe Joana”. 

    Seguramente as 10 (dez) aulas que não foram ministradas, no entanto pagas ao Professor, seriam fundamentais, a revisão do conteúdo para a prova, estava prevista no cronograma e daria oportunidade aos alunos de fazerem exercícios monitorados pelo professor para prepará-los afim de se aprimorarem. O que não ocorreu. Vale ainda ressaltar que 10 horas de Cálculos não  são 10 minutos.

    Nas conversações para o fim da greve, foi firmado e acordado entre governo e grevistas que a qualidade e o calendário das aulas  não poderiam comprometer o aprendizado dos discentes, o que definitivamente não ocorreu na disciplina supracitada.

    Muito pelo contrário. No começo do primeiro semestre, quando os alunos do ICET  têm a liberdade de montar a própria grade curricular, um complexo quebra cabeças,  encaixar  os horários  sincronicamente, cria-se uma rotina de estudos,  qualquer alteração  compromete seriamente o desempenho. 

    Como mesmo desdenha em sala de aula o Professor, com todo o respeito aos  docentes e discentes   desta relevante ciência humana, prática que o professor não é adepto,  nosso curso não é “assistência social”, professado em alto e bom tom rotineiramente em sala de aula pelo referido Professor/Aluno, seu bordão quando algum aluno reclama estar com dificuldades na sua Disciplina de Cálculos I.

    Ao mudar de sábado das 7 às 12 horas para segundas de 17 às 22 horas, o Professor  quebrou a harmonia sincrônica a que os alunos estavam adaptados.

    Alegou indisponibilidade de tempo para dar aulas aos sábados, esta coordenadoria à época foi procurada pela reclamante,  para que interferisse na decisão ou mesmo buscasse outro profissional com tempo disponível para ministrar as aulas, conforme o  firmado no ato da matrícula, sábado de  7 às 12 horas, o que não foi levado em consideração.

     A atitude isolada em favor de um cidadão, preterindo o grupo, é inconstitucional, conforme prevê em seu código: “O interesse individual não pode sobrepujar o interesse da coletividade”, o Sr Danilo ao olhar apenas seus próprios interesses e disponibilidade de horários em proveito próprio,  prejudicou uma classe inteira de discentes, já no perverso filtro espartano CTC.  

    Um outro tópico que merece atenção especial é que segundo os especialistas em psicopedagoga, qualquer avaliação tem caráter subjetivo, um termômetro que aponta estar o paciente com febre ou não, cabe ao médico saber a origem desta febre, para assim então tratá-la com o medicamento apropriado.

    Estranha-se o fato das avaliações não serem entregues aos alunos. Do ponto de vista jurídico, avaliações pertencem a quem as fizeram, é direito do aluno. Este procedimento denota falta de lisura, intenções obscuras e transparência por parte do Professor que deveria ser o primeiro a querer que os alunos tenham livre acesso a suas avaliações para assim poderem aprender com os seus erros, o que didaticamente teria enorme valia, e o mais importante. O aluno tem o direito de também  fiscalizar os critérios de avaliação utilizados.

    Desta forma, devido ao exposto acima, requer que seja atribuído a esta aluna a obtenção de cópia de suas avaliações da disciplina em comento, do Plano de Docência deste Instituto e o edital com os critérios de contratação de professores  para contrapô-los às diretrizes do MEC e assim adotar as medidas administrativas e judiciárias porventura cabíveis.


    Teófilo Otoni, 8 de novembro de 2012

     

domingo, 14 de julho de 2013

A lenta tortura dos que agonizam numa fila de CTI



Nos últimos dias vivemos um drama familiar, imagino que muitos já passaram ou poderão estar passando por este triste dilema, nossa Tia Lacy se foi...

Descansa em paz no céu dos justos depois do martírio

Relativizar a morte sem dignidade me perdoem, ainda que justifiquem, é na minha concepção crime.

Aos que querem a todo custo que sejamos galinhas de quintal, ousamos mimetizar as águias...

Por esta razão, para dar testemunho, nos valemos mais uma vez  de gravações para que talvez divulgando providências sejam tomadas...

Ouçam os que tiverem ouvidos de ouvir, só apertar o play...
 



Estranho como que nem no sistema do Hospital constava o nome dela como internada..



 Acima o depoimento de Sr Carlão, testemunha ocular há 10 anos taxista que faz ponto no hospital, diariamente assistindo tragédias similares.
O que me pergunto é onde fica a dignidade humana?
 Este hospital está recebendo  uma certificação ISO.
Nada trará minha tia de volta, mas todos um dia poderemos estar nesta situação, depois de uma vida produtiva, ser interditada considerada incapaz passando os últimos momentos da vida tal qual Káfica descreve em sua "Metamorfose"  até a chinelada final.

quinta-feira, 20 de junho de 2013

"A quarta Onda"

Meu livro de cabeceira, neste dia D.

Buenas blogsfera!

Enquanto Marcelo Resende tagarela as imagens na TV Record do estouro da manada, sem massa de manobra e acuada, me pego a refletir...

 O Toffler estava certo! Tem o acaso. Em seu livro ele declara que por mais que imaginássemos o futuro, isto na década chamada perdida de 80, sempre haverá o acaso como fator perturbador do sistema ...Um tiro acidental em um manifestante árabe no Oriente Médio pode causar a terceira guerra mundial...

No nosso caso foram 20 centavos que entornaram o caldo...Mas aí vem a quarta onda.

 “A quarta ONDA. Os Novos Rumos da Sociedade de Informação’’.Lenilson Naveira e Silva - engenheiro, analista de sistemas e professor universitário,  uma das revelações nacionais no campo das ciências sociais

Ele segue pela linha de pensamento do norte-americano Alvin Toffler, autor de vários “best sellers” mundiais, como A 3a. ONDA, O CHOQUE DO FUTURO E PREVISÕES E PREMISSAS, para avançar na antevisão da 4a. ONDA.

Toffler, analisando a marcha da civilização, identifica os grandes e importantes períodos da Humanidade.

A 1a. ONDA caracterizou-se pelas atividades no setor rural, de forma rudimentar e durou cerca de 10.000 anos. E a exploração do setor primário da Economia.

A 2a. ONDA veio com a atividade industrial tradicional, constituindo o setor secundário. e já dura 300 anos. É o tipo de atividade que aliena o industriário porque o faz repetir cerca de 8 a 15 movimentos durante toda a jornada de trabalho. Um dia um industrial se perguntou como resolver o problema da insatisfação de seus empregados e criou a automação, começando a substituir o homem pela máquina.
Sucedendo isso, vem a 

3a. ONDA, a fase do terciário. E a fase calcada no setor dos serviços, a da Informática, através dos computadores,das telecomunicações, da robótica, dos microprocessadores. Esta onda está começando por via dos países mais desenvolvidos. Outros, como é o caso do Brasil, convivem ao mesmo tempo com as três ondas, tendo que se infiltrar nas atividades da 3a. por questão de sobrevivência.

A tese do Prof. Lenilson é a de que, para continuar avançando, de forma que tenda a ser cada vez mais acelerada, na disputa pela tecnologia desenvolvida, torna-se indispensável investir no Homem, ou seja, explorar a intimidade do ser, a fim de melhorá-lo para poder conviver com as altas tecnologias, sem ser esmagado por elas nem utilizá-las de maneira desastrosa. Se o centro de interesse da pesquisa não se voltar para a intimidade do Homem e o cultivo dos valores morais, torna-se muito perigoso de ele se auto-destruir. 

O próprio avanço tecnológico vem conduzindo à democratização, deixando na mão de muitos parcela considerável de conhecimentos, possibilitando assim, a manipulação das altas tecnologias, as quais já dispõem de poder para destruir a vida no planeta 10 vezes?


Essa tecnologia moderna da cibernética quanto mais avança mais rápido tende a prosseguir. O poder escapa ao controle de 2 ou 3,o que leva os governantes, notadamente das nações mais desenvolvidas, a perceberem que a grande necessidade do momento é o investir no conhecimento mais aprofundado do próprio homem. A questão é buscar condições intrínsecas tais que lhe permitam continuar avançando sem correr o risco da autodestruição. 

A quarta onda é, portanto, a do auto-conhecimento. 

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Brasil Leiloado

Buenas Blogsfera!

Compartilhamos neste post um paper reflexivo do Adriano Benayon, de como estamos entregando nosso presal...

Transmito artigo para a consideração dos prezados correspondentes.

Cordialmente,

AB

Brasil leiloado – 14.05.2013

Adriano Benayon *

1. A 11ª rodada de licitações do petróleo, hoje, é novo marco na descida do Brasil para a condição de país de escravos.
2. São 289 blocos, em 11 Estados. As estimativas indicam que os blocos totalizariam, de 40 a 54 bilhões de barris in situ. Aplicado o fator de 25%, prevê-se produção de 10 a 13,5 bilhões de barris.
3. Muitos técnicos julgam provável haver mais petróleo nesses 289 blocos, todos em áreas fora do pré-sal, nas quais as reservas provadas até hoje totalizam 14 bilhões de barris.
4. A Agência Nacional (???) do Petróleo (ANP) declarou que nos blocos licitados deverão ser descobertos 19,1 bilhões de barris de petróleo e gás, que serão exportados. O valor, na cotação atual, é quase US$ 2 trilhões.
5. Conforme a Lei 9.478/1997, outro marco da escravidão, ficaremos com royalties de 10% desse montante. Na média, os países produtores de petróleo recebem das transnacionais80% do valor das receitas.
6. Peritos, como Fernando Siqueira e Paulo Metri, vão ao ponto: “a pergunta óbvia é ‘quem definiu que a exportação desse petróleo é a melhor opção para o Brasil’?”
7. Com a concessão de 30 anos para a exploração, a ANP espera arrecadar R$ 1 bilhão (0,25% do valor dos blocos), quantia insuficiente para reformar um estádio para a Copa, lembra o químico Roldão Simas.
9. Na maioria dos países exportadores, suas empresas não dispõem de tecnologia para produzir petróleo. Por isso, necessitam recorrer às petroleiras transnacionais para extrair o petróleo do subsolo.
10. Nesses países as economias são pouco industrializadas. Faltam terras agricultáveis e suficiente dotação de água. Portanto, precisam exportar petróleo para importar alimentos, bens de consumo, equipamentos, serviços etc. Não é o caso do Brasil, cujo interesse é preservar esse recurso estratégico, tendente à escassez.
11. As petroleiras transnacionais vão importar equipamentos, componentes, insumos e serviços técnicos. Vão superfaturar os preços dessas importações e subfaturar os da exportação, além de omitir as reais quantidades exportadas.
12. Ademais, remeterão lucros oficiais e disfarçados. Assim, no líquido, resultará pouca ou nenhuma melhora do saldo das transações correntes, cujo déficit no Brasil, em aceleração, já é dos mais altos do mundo, em decorrência principalmente da desindustrialização e da desnacionalização da economia.
13. Então para que doar um recurso valioso e estratégico, depauperando as reservas (mineral não dá duas safras), em troca de royalties de apenas 1/10 das receitas da exportação declarada pelas transnacionais.
14. Que motivos, pois, afora abissal incompetência e/ou extrema corrupção, fariam as “autoridades responsáveis”, presentear as empresas estrangeiras com 90% das receitas? Trata-se de negócio ou de negociata?
15. Ainda por cima, a Lei Kandir, outro marco da escravidão, isenta a exportação de minérios de ICMS, PIS/Cofins e CIDE, cuja arrecadação propiciaria 30% das receitas.
16. Então, para que exportar petróleo bruto, com baixo valor agregado? E por que não investir no refino e na petroquímica, para o mercado interno e para exportação?
17. Não faltam recursos públicos para financiar investimentos da Petrobrás (que os está buscando no exterior: mais endividamento). Porém, além de não os prover, o governo federal a descapitaliza, forçando-a importar derivados e a vendê-los aqui por preço igual ao da produção interna, congelado, por alguns anos, para deter a inflação.
18. Assim, a política entreguista leva a Petrobrás a reduzir, em relação às rodadas anteriores, a proporção de blocos que vai adquirir. Desta vez, ela se est, em geral, associando às estrangeiras.
19. A ANP ignora deliberadamente o desastre causado pela transnacional estadunidense Chevron. em novembro de 2011 (poço de Campo do Frade, na Bacia de Campos). Ora, a própria ANP, reconheceu que o brutal vazamento de 3.700 barris de óleo poderia ter sido evitado, se a Chevron tivesse observado as regras de segurança.
20. Os impactos ambientais e sociais altamente danosos, ligados à exploração de petróleo, impeliram organizações da sociedade civil a requerer ao Judiciário a suspensão da 11ª Rodada.
21. A pressão da sociedade terá de ser forte, ir além das manifestações, haja vista o histórico do Judiciário, semelhante aos do Executivo e do Legislativo. E, se não se detiver a fúria entreguista, a ANP, esta fará, ainda este ano, leilão para a área do Pré-Sal, além da 12ª rodada para outras áreas.
22. Uma das muitas ações ajuizadas, em 1997, para anular o leilão de privatização da Vale do Rio Doce, teve ganho de causa, em 2005, na 2ª instância, havendo o Tribunal Regional Federal de Brasília declarado fraudulento o leilão e anulado a privatização. Mas o BRADESCO recorreu, e, até hoje, o processo segue engavetado no STJ.
23. De resto, os leilões são inconstitucionais, porquanto a Constituição de 1988 prescreve que o petróleo pertence à União, e não há norma explícita na CF quanto a concessões em matéria de petróleo.
24. Prejuízos adicionais para o País decorrem de as multinacionais usarem mão-de-obra terceirizada e padrões de emprego inferiores aos da Petrobrás. Isso implica ínfima geração de renda para brasileiros e maior risco de acidentes e mortes.
25. Fala-se de 47 empresas estrangeiras habilitadas para o leilão e de 17 brasileiras, na maioria, dirigidas por testas-de-ferro.
26. Assinala Fernando Siqueira: “Além do cartel internacional, vão participar dos leilões as estrangeiras da Associação dos Produtores Independentes do Petróleo, formada por 18 empresas. Destas 14 são multinacionais, inclusive a El Paso, uma das sete irmãs.
27. Paulo Metri: “As empresas estrangeiras não querem construir refinarias no Brasil para exportarem derivados. Querem declaradamente exportar petróleo in natura.”
28. Ele esclarece que os blocos marítimos se têm mostrado os mais produtivos e os que exigem mais investimentos, 80% dos quais são para as plataformas.
29. Ainda Metri: “A 1ª rodada aconteceu em 1999 e, desde então, empresas estrangeiras arrematam blocos e nunca compram plataformas no Brasil. Tampouco encomendam desenvolvimento tecnológico aqui. Só quem compra plataforma e desenvolve tecnologia no Brasil é a Petrobras. A maior parte da geração de empregos se dá com a encomenda da plataforma. Quem aqui não compra, quase não gera emprego.
30. A Associação dos Engenheiros da Petrobrás (AEPET) esclarece que essa é a única empresa que maximiza a compra materiais e equipamentos no País, propicia o desenvolvimento tecnológico e contrata técnicos brasileiros.
31. Ademais, segundo a AEPET, além de os blocos ora licitados terem sido descobertos pela Petrobrás, também o foram os do pré-sal.
32. Após o entreguismo monolítico do período FHC, em que, inclusive foi criada a ANP, e nela instalados diretoria e quadros técnicos, vinculados à oligarquia financeira anglo-americana, o geólogo Guilherme Estrela foi nomeado diretor de exploração da Petrobrás no governo Lula.
33. Então foram descobertos, de janeiro a agosto de 2003, 6 bilhões de barris dos 14 bilhões das reservas provadas atuais. Estrela reativou também o grupo de pesquisadores do pré-sal, e, em 2006, teve início a perfuração nessa província, com êxito em 2007, obtendo-se reserva de mais de 100 bilhões de barris.
34. Lula fizera aprovar a Lei 12351/2010 para capitalizar a Petrobrás através de cessão onerosa, através da qual a União cedeu um conjunto de blocos onde se esperava encontrar 5 bilhões de barris. A Petrobras pagou com títulos do Governo, e este comprou ações da Petrobrás com esses títulos.
35. A Petrobrás então descobriu o campo de Franco, com reservas de 6 a 9 bilhões de barris e o de Libra, onde há reserva de 15 bilhões de barris. Conforme a nova lei, a ANP pode contratar com a Petrobrás, sem licitação, a exploração das áreas consideradas estratégicas.
36. Entretanto, intervindo, mais uma vez, contra o Brasil, a ANP retirou o campo de Libra da cessão onerosa à Petrobrás e quer leiloá-lo. Segundo Siqueira, a diretora da ANP, perguntada sobre as razões disso, não respondeu e diz que esse bloco será “o grande atrativo”do próximo leilão.
37. As potências imperiais, com suas fundações e instituições e com as locais, igualmente movidas a dinheiro, têm incutido na maioria dos brasileiros a mentalidade dos escravos, inclusive através da destruição dos valores, da educação e da cultura, enquanto os acostuma a tolerar condições cada vez mais degradantes de vida.
38. Isso ocorre de forma intensa e crescente, desde agosto de 1954. Assim, o desafio para quem deseja dignidade para si e para seus compatriotas, é desenraizar aquela mentalidade. Isso exige grandes e persistentes esforços, e tem de ser feito em menos tempo que os 40 anos passados por Moisés, no deserto, a transformar a mente de seus seguidores.
* - Adriano Benayon é doutor em economia e autor do livro Globalização versus Desenvolvimento.

domingo, 31 de março de 2013

Depende de Você, parte II

 
Havia um sábio que desvendava os mistérios da vida e das pessoas, e que era constantemente procurado.
Certa feita, um jovem desconfiado e ousado, quis testar a sabedoria do velho sábio. Pegou um passarinho vivo, escondeu-o atrás do corpo, e se apresentou diante do Homem já de barbas e cabelos brancos...
 
- O senhor é sábio mesmo?
-Dizem que sou
-Então responda: O que eu tenho escondido nas mãos?
-Deve ser um pássoro, jovens como você gostam muito de caçar os pássaros.
-É verdade o senhor acertou, parece que é sábio mesmo...Agora me diga, o pássaro está vivo ou está morto?
 
O Sábio agora estava numa situação difícil; se ele dissesse a verdade,  o pasarinho estava vivo, o jovem o mataria em suas mãos, sem pestanejar, sorrateiramente, sem que o sábio notasse, uma cilada de Mestre.
 
-Então Senhor Sábio, o pássaro está vivo ou não? Me responda o Senhor não é sábio?
 
O Velho abaixou  a cabeça e pensando um pouco.
Depois respondeu ao jovem: Depende de você!
 
Pensativo e cabisbaixo o jovem foi se afastando, e de longe olhando para o velho, soltou o passarinho e  começou a chorar...
Em nós habita um pássaro, matá-lo ou deixá-lo viver, depende única e exclusivamente de nós mesmos, e de ninguém mais, pois a nós foi dado o dom mais precioso do mundo, a liberdade.
 
Este pássaro de ouro que é nossa existência, somos criados à imagem e semelhança de Deus.
E o que vamos fazer com esta dádiva?
-Matá-la como aquele jovem pretendia fazer com o pasarinho, às escondidas, covardemente?
 
Ou vai deixá-la voar ainda que com lágrimas...
Depende de você!
 
O único dom verdadeiramente inteiramente nosso é o dom de existir. O resto pode até ser seu, mas está fora de você.
Não culpemos a ninguém pela vida que estamos levando, e pergunte e responda a si mesmo: Quero ou não uma vida nova?
Até quando viveremos desperdiçando este tesouro que Deus nos deu?
 
Feliz Páscoa a todos e todas, abraço fraternal!
 
 

sexta-feira, 29 de março de 2013

Depende de Você!

Bom dai Tribo!
 
Enfim a gente ajeita um tempinho, nesta sexta-feiea Santa de  vir aqui nesta esquina periférica da web... 
Andamos lendo um livro bastante emblemático, resenhado abaixo, a nosso próximo post de páscoa,  mais assuntos relacionados.
Até Lá!

         
Primavera Silenciosa

Para quem não sabe ou nunca ouviu falar, o planeta Terra deve muito a Rachel Carson, uma cientista norte-americana que, no início da década de 1960, publicou Primavera Silenciosa , obra que, mesmo tendo no título uma expressão poética, foi o estopim que deu forma a um novo e poderoso movimento social que alterou o curso da História.

Carson, pesquisadora rigorosa com talento de romancista, causou uma verdadeira revolução em defesa do meio ambiente a partir do lançamento de seu livro, em 1962. A obra, escrita em pouco mais de quatro anos, apresenta inúmeros documentos científicos de diferentes fontes, comprovando as afirmações da autora que desencadearam uma investigação no governo Kennedy. De imediato, inspirou a rede de tevê CBS a produzir um documentário, assistido por 15 milhões de telespectadores, que mostrava os efeitos nocivos do DDT à saúde, fato que poderia, inclusive, alcançar mais de uma geração, uma vez que resíduos dessa substância tóxica podem ser encontrados no leite humano.

O clamor que se seguiu à publicação de Primavera Silenciosa forçou o governo a proibir o uso de DDT e instigou mudanças revolucionárias nas leis que preservam o ar, a terra e a água, com a criação, em 1970, da Agência de Proteção Ambiental Norte-Americana. A paixão de Rachel Carson pela questão do futuro do planeta refletiu poderosamente por todo mundo e seu livro foi determinante para o lançamento do movimento ambientalista.

 
 
O livro em sua primeira página  " Naquela primavera não se ouviu o canto dos pássaros..."
Qause meio século se passou, ainda  pássaros são silenciados...Continuamos em nosso post de Páscoa.
 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Em Cingapura Dengue se leva a sério


 
Buenas Blogosfera, há quanto tempo!
 
Era natal ainda quando da última vez que postamos sobre os entrincheirados da primeira guerra mundial... Numa noite gélida natalina soldados embrutecidos pela dura realidade, se alimentaram de calor humano, talvez a causa secreta do armístico logo depois assinado.
 
Estivemos todo este tempo em Arraial d'Ajuda, acompanhada de uma dor na coluna que está virando crônica, busquei a medicina chinesa, me enchi de ventosas e agulhinhas de acupuntura, eista queimação de karma retada,  talvez  uma Atlas de saias com o peso do mundo nas costas somatizando no corpo físico...
 
Bem que tentei aplicar o cerne do cesto dos xamãs, o ensinamento  entre os povos indígenas, cada um tece seu próprio cesto na medida de sua capacidade de carregar, nem meio quilo a mais...
 
Mas o que me fez vir aqui no nosso blog uma estarrecedora situação que me deparei ao chegar aqui na minha querida cidade de Teófilo Otoni, cá nos confins das Gerais, uma vizinha amiga e uma ex colega da sanfoneira morreram de dengue hemorrágica, um pandemia de dengue assola nossa cidade.
 
Os hospitais estão abarrotados, não há leitos disponíveis, só no Santa Rosália tem quase 50 funcionários em licença médica por Dengue.
 
Precisam de sangue urgente lá, esgotiaram-se os estoques, a situação é realmente grave e preocupante.
 
Graças a Deus em minha casa não existe foco, sempre que o pessoal da Dengue vem aqui fazer vistoria  dão OK..MAs infelizmente muitos ainda não se tocaram do perigo e  de como é triste perder pessoas queridas para um mosquitinho a toa como o da imagem acima.
 
Precisamos urgentemente de erguer tendas como as do exército para re-hidratação via soro das pessoas contaminadas. A situação é de calamidade pública!
 
Aí lembramos de Cingapura e sua política contra dengue muito bem sucedida e  do blog : 
Blog "O brasileirinho" um copy paste de total utilidade pública...
 
As autoridades dos países civilizados não deixam de cumprir suas obrigações e exercem o poder que lhes foi concedido. Um exemplo disso é Cingapura que conseguiu reduzir os casos de dengue e ser um exemplo a ser seguido por outros países.
Especialistas ouvidos pela BBC Brasil na Ásia disseram que o Brasil poderia adotar o modelo de combate bem sucedido implantado por Cingapura.
O país do sudeste asiático tem extensa rede de saneamento básico e cobra multas que variam entre US$ 66 e US$ 13,100 (R$114 a R$22.630) dos cidadãos que deixam água parada.
Equipes de controle sanitário e oficiais fiscalizam permanentemente casas e prédios públicos para exterminar focos de reprodução do mosquito Aedes aegypti, transmissor da doença.
Além disso, o país conta com um sistema computadorizado que mapeia em tempo real os pontos onde novos casos são registrados, o que permite que as rotas diárias de controle sanitário se centralizem nas áreas mais afetadas.
“Cingapura tem o mais efetivo – talvez até o único realmente efetivo – sistema de controle de dengue” disse à BBC Brasil o professor Duane J. Gubler, diretor do centro de Medicina Tropical e Doenças Infecciosas da Universidade do Havaí.
O especialista em doenças infecciosas de Hong Kong Dr. Lo Wing-lok concorda que o modelo de Cingapura é um bom exemplo de eficácia, pois reduziu em cerca de 78.6% os casos de contágio entre 2005 e 2006.
Entre 2005 e 2006 os casos de dengue simples e hemorrágica por grupo de cem mil cidadãos caiu de 326.5 para 69.7, segundo dados do ministério da Saúde de Cingapura.
 
TÒPICO II
 
O mosquito da dengue pode ser combatido de uma forma bem simples e de baixo custo e a fórmula, uma mistura de cal e cloro, pode ser aplicada pelos próprios funcionários das construtoras. Uma ideia original, assim como a forma de combater o mosquito da dengue inventada na Europa.
Segundo o pesquisador e responsável pelo Laboratório de Malária e Dengue do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia – do Ministério da Ciência e Tecnologia (Inpa), Vanderli Tadei a combinação de cal e cloro pode ajudar a combater os focos do mosquito da dengue, em qualquer lugar, a exemplo do que já vem acontecendo em Manaus (AM).
Durante sua entrevista ao programa Revista Brasil, da Rádio Nacional, ele argumentou que a fórmula usada para combater a dengue, na atualidade, já não funciona como deveria, porque é a mesma usada desde 1998. Na época aconteceu a primeira epidemia de dengue em Manaus.
O professor disse em sua entrevista, segundo a Agência Brasil/ Paula Laboissière, que o mosquito desenvolveu resistência ao produto.
“Agora, temos uma fórmula que os construtores podem utilizar, de rápida aplicação, sendo que uma pessoa é suficiente para fazer esse monitoramento, desde que treinada”, disse. “Com a dengue, não temos muito que fazer. O controle está centrado no vetor”, completou.
Segundo Tadei, na próxima semana a mistura será apresentada aos construtores locais por meio da distribuição de folders que contêm um passo a passo para a aplicação. Ele explicou que a quantidade de água parada em canteiros de obras é alta em razão da necessidade de checar, em diversos momentos, a existência de infiltração.
A combinação de cal e cloro é considerada também ambientalmente correta, uma vez que é biodegradável e pode ser manuseada por adultos. “O importante para o construtor é que, fazendo esse tratamento, ele não vai ter casos de dengue nos funcionários, que ficam afastados por no mínimo sete dias”, concluiu.
Vale lembrar que além da combinação cal e cloro existe também um produto biológico que combate a larva do mosquito da dengue.