domingo, 21 de julho de 2013

Muitos vinte centavos depois...


    Abaixo áudios que evidenciam os fatos expostos no relatório abaixo...
    I e II:  Critérios avaliativos
     
           
                III e IV: Deliberação de mudança de horário no pós-greve
       
            
           









  • Depois de muito refletir, levamos a conhecimento público, objetivando criar uma massa crítica que se mobilize e engajados possamos mudar esta estarrecedora realidade,  relatório apresentado em novembro de 2012 ao ICET (Instituto de Ciência Engenharia e Tecnologia) da UFVJM, Universidade Federal dos vales do Jequitinhonha e Mucuri, e até hoje aguardo resposta.



     Admitida neste instituto via ENEM, na ampla concorrência, sem cotas, décima oitava colocação em 120 vagas, cursando atualmente o quinto período de Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia, aos 52 anos de idade depois de passar 32 fora da escola. Flashback: Admirável novo mundo Acadêmico.

    Não tem sido nada fácil,  não pela brutal carga horária integral, o calendário defasado da greve, pela complexidade de assimilar conteúdos descontextualizados numa proposta fundamentalmente interdisciplinar,  a falta de ferramentas mínimas como um quadro de parede inteira para cálculos,  em quadros minúsculos, quando a resolução requer muitos procedimentos algébricos, são apagados para dar lugar a novas etapas da questão, quebrando o raciocínio se o víssemos na sua totalidade um quadro de parede inteira, como tem sido há séculos nas boas escolas de engenharia que se prezam. Ou então ter de equilibrar-se sem rasurar na estreita carteira desenhos com projeções em escalas, perspectivas, não existem pranchões de desenho na escola de engenharia....Não, isto a gente até que vai armengando.

    Mas o que não dá mais é sobretudo a falta de respeito a nós alunos e total desprezo ao estrago que fazem em nossa autoestima em frangalhos com decretos e desmandos, como se nada estivesse acima daquela autoridade imperativa que decide o destino de seus alunos com uma canetada sem passar pelo crivo avaliativo imparcial e ético da consciência.

    Temos o dever de sermos justos e salvaguardar os excelentes Mestres que temos em nossa Universidade, a eles minha gratidão, preces, reverência, respeito, carinho. No nosso próximo post, trataremos expor os conhecimentos adquiridos em aprendizado por eles outorgados, num web-paper reflexivo sobre o Campus Saúde: "Pitaco na Celeuma", uma forma de mostrar que o dinheiro público que o cidadão paga nossos estudos está valendo a pena, aprendemos a pensar, projetar e executar soluções, sem perder nunca a humildade e a meta, conhecimento como forma de gerar justiça social.

    Os áudios postados, via radiotube, para fundamentarem nosso relato se justificam numa solução: 

    Passamos a gravar as aulas no intuito de otimizar meu aprendizado, conciliar a limpeza e cuidado da casa em que o sentido da audição fica livre apesar das mãos ocupadas, sentido este a mim bastante favorecido, ouvidos disponíveis podem ser ferramentas para enquanto passo horas empatada entre tanque, vassoura, chão, quintal ir ouvindo as aulas..

    Do vasto material que pretendemos tornar público, este primeiro post, em que finalmente a gente decide quebrar o silêncio...
    Reservaremos aos comentários mais detalhes...Se quiser comente como anônimo, sigilo preservado! 


    Sr Coordenador do ICET da UFVJM ,


    Mariene Nunes de Campos, brasileira, residente e domiciliada nesta Comarca de Teófilo Otoni, discente deste instituto, cursando  Bacharelado em Ciência e Tecnologia, matrícula: 2011 1021 086, mui respeitosamente vem expor e ao final requerer a esta Coordenação:

    A aluna esteve matriculada na disciplina funções de uma variável, cálculos I, ministrada pelo Professor  temporário, não concursado, o Sr Danilo Bento Oliveira, também aluno deste Instituto, e nesta qualidade foi submetida a avaliação na data de 06/11/2012.

    Para maior clareza à luz dos fatos, ao contrário do que se recomenda 3 avaliações  de 30 pontos. O referido professor, caso esta coordenação não saiba, é o único Docente que adota como critério de avaliação: 100 pontos inteiramente ejetados em 2  provas de 50 pontos cada, sendo que absolutamente nenhuma atividade complementar como trabalhos, pesquisa, seminários, que possam estimular e auxiliar  no entendimento para pleno aprendizado ou mesmo para complementar  o índice de desempenho dos seus alunos/colegas são porventura cogitados . Alega o referido quando seus alunos o questionam a razão: “Trabalho dá Trabalho para corrigir”

    Neste particular ora em tela, a última avaliação, durante na que era para ser a penúltima maratona de 5 aulas geminadas nas segundas de 17 às 22 horas, sendo no entanto última, aula esta em que os parâmetros dos critérios avaliativos foram minunciosamente expostos.


     É importante asseverar, que em sala de aula, o referido Professor concitou os alunos a estudarem os capítulos do livro que mais cobraria na prova, citados um a um, ao mesmo tempo em que assegurou aos alunos  quais  conteúdos não iria cobrar na prova, discriminando um por um dos mesmos. Tranquilizando que focassem a atenção naquilo que certamente iria cair. No mesmo instante em que pontuou o conteúdo que certamente os alunos pudessem focar.  

     Declarou ainda (conforme gravações em viva voz do mesmo), que seria condescendente com pequenos deslizes, como o referido professor comete em sala de aula e volta e meia é corrigido pelos alunos. Foi claro ao declarar perante toda a classe:  

    Caso seus alunos  na  resolução das questões  errassem  no resultado,  mas apresentassem o raciocínio adequado, a fórmula que se encaixa para resolver a questão, iria levar em consideração e  computar positivamente no resultado do teste. (também registrado em gravação)

    No entanto o  citado elaborou uma avaliação com questões nunca nem ventiladas em sala de aula, problemas de física, para alunos que ainda nem Física I cursaram, uma avaliação com grau máximo de dificuldade.       

     Com todo respeito, tal atitude induziu os alunos ao erro, sendo conveniente destacar  que os alunos estavam recém saídos de uma longa greve de 4 meses, que trouxe prejuízo ao calendário acadêmico, sendo que sob enorme pressão, uma vez que o conteúdo programático previsto foi completamente “despejado”  de qualquer forma, em tempo recorde.

    Outro questionamento é:  Como colega, o Professor Danilo compete com os seus pares na pontuação de índice CRA, por analogia poderia o referido no jogo acirrado em busca de melhorar a média de desempenho, poder hipoteticamente apadrinhado,  querer prejudicar seus pares, com os poderes a ele  atribuídos,  arbitrar notas conforme suas ambições acadêmicas. São conjecturas  despertadas  à medida que os desdobramentos das atitudes do referido vão sendo analisadas à luz dos fatos.

    Uma vez que enquanto na Universidade Particular , onde também leciona, o tratamento aos seus alunos é bem “diferenciado” : Na distribuição dos créditos, são 3 trabalhos de 15 pontoss, 3 provas de 15 pontos a ainda assim se o cliente aluno não conseguir ser aprovado, tem 10 pontinhos para adquirir mediante pagamento das mensalidades, seu diploma de Engenheiro. Vale ainda lembrar que a rede pública paga muito mais aos seus  funcionários...

     Sem sombra de dúvida que temos aí um processo de exclusão social, e privilégios adquiridos pelo poder financeiro, quem pode pagar, não precisa nem estudar e quem passa no fino filtro do ENEM e consegue entrar numa Universidade federal padrão de atendimento SUS, tratado como cidadão de segunda classe. Dois pesos e duas medidas que o professor adota no trato com seus alunos, da rede pública descaso e na privada regalias.

    Importante ainda salientar, que contrariando  determinação do MEC, foram ministradas aulas geminadas em 5 horas ininterruptas, no final da já estafante carga horária integral, no período de 17 às 22 horas. O que comprometeu sobremaneira a qualidade das aulas, e conseqüentemente o aprendizado. Desrespeitando o direito garantido na constituição brasileira: O direito ao descanso.

    Alunos  não são máquinas, são seres humanos com capacidade intelectual limitada, suscetíveis ao stress, ao cansaço físico, psicológico e mental.

    O que se espera de uma  Instituição de Ensino do quilate da UFVJM, é que prepare seus alunos para mercado de trabalho, que os trate com equanimidade, desenvolvendo suas potencialidades, infelizmente a realidade que deparamos é bem diferente desta ideal.

    Como se não bastassem todos os percalços que a greve  trouxe, o referido professor, deve aos alunos e ao Estado que paga seu salário, 10 horas aulas, que seriam despejadas no sábado dia 3 de novembro, conforme cronograma enviado por e-mail pelo próprio Sr Danilo, posteriormente canceladas, deliberadamente ao seu bel prazer,  conforme sua disponibilidade, dando aula quando lhe aprouvesse, como se esta instituição fosse a “Casa de Mãe Joana”. 

    Seguramente as 10 (dez) aulas que não foram ministradas, no entanto pagas ao Professor, seriam fundamentais, a revisão do conteúdo para a prova, estava prevista no cronograma e daria oportunidade aos alunos de fazerem exercícios monitorados pelo professor para prepará-los afim de se aprimorarem. O que não ocorreu. Vale ainda ressaltar que 10 horas de Cálculos não  são 10 minutos.

    Nas conversações para o fim da greve, foi firmado e acordado entre governo e grevistas que a qualidade e o calendário das aulas  não poderiam comprometer o aprendizado dos discentes, o que definitivamente não ocorreu na disciplina supracitada.

    Muito pelo contrário. No começo do primeiro semestre, quando os alunos do ICET  têm a liberdade de montar a própria grade curricular, um complexo quebra cabeças,  encaixar  os horários  sincronicamente, cria-se uma rotina de estudos,  qualquer alteração  compromete seriamente o desempenho. 

    Como mesmo desdenha em sala de aula o Professor, com todo o respeito aos  docentes e discentes   desta relevante ciência humana, prática que o professor não é adepto,  nosso curso não é “assistência social”, professado em alto e bom tom rotineiramente em sala de aula pelo referido Professor/Aluno, seu bordão quando algum aluno reclama estar com dificuldades na sua Disciplina de Cálculos I.

    Ao mudar de sábado das 7 às 12 horas para segundas de 17 às 22 horas, o Professor  quebrou a harmonia sincrônica a que os alunos estavam adaptados.

    Alegou indisponibilidade de tempo para dar aulas aos sábados, esta coordenadoria à época foi procurada pela reclamante,  para que interferisse na decisão ou mesmo buscasse outro profissional com tempo disponível para ministrar as aulas, conforme o  firmado no ato da matrícula, sábado de  7 às 12 horas, o que não foi levado em consideração.

     A atitude isolada em favor de um cidadão, preterindo o grupo, é inconstitucional, conforme prevê em seu código: “O interesse individual não pode sobrepujar o interesse da coletividade”, o Sr Danilo ao olhar apenas seus próprios interesses e disponibilidade de horários em proveito próprio,  prejudicou uma classe inteira de discentes, já no perverso filtro espartano CTC.  

    Um outro tópico que merece atenção especial é que segundo os especialistas em psicopedagoga, qualquer avaliação tem caráter subjetivo, um termômetro que aponta estar o paciente com febre ou não, cabe ao médico saber a origem desta febre, para assim então tratá-la com o medicamento apropriado.

    Estranha-se o fato das avaliações não serem entregues aos alunos. Do ponto de vista jurídico, avaliações pertencem a quem as fizeram, é direito do aluno. Este procedimento denota falta de lisura, intenções obscuras e transparência por parte do Professor que deveria ser o primeiro a querer que os alunos tenham livre acesso a suas avaliações para assim poderem aprender com os seus erros, o que didaticamente teria enorme valia, e o mais importante. O aluno tem o direito de também  fiscalizar os critérios de avaliação utilizados.

    Desta forma, devido ao exposto acima, requer que seja atribuído a esta aluna a obtenção de cópia de suas avaliações da disciplina em comento, do Plano de Docência deste Instituto e o edital com os critérios de contratação de professores  para contrapô-los às diretrizes do MEC e assim adotar as medidas administrativas e judiciárias porventura cabíveis.


    Teófilo Otoni, 8 de novembro de 2012

     

2 Comentários:

Às 22/7/13 09:10 , Anonymous Sérgio disse...

Cara Mariene,
sou Engenheiro e passei por isto, quase cheguei a desistir.
~Engenheiros hoje em dia dispõem de softwares avançadíssimos para cálculos,aposentamos os cálculos no ponta do lápis a muito tempo.
Mentalidade tacanha esta né?
Siga em frente mulher, sua história de vida é exemplo.

 
Às 1/10/13 15:43 , Blogger mnc disse...

Valeu Sérgio!

 

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