quarta-feira, 20 de abril de 2011

Povo Machacali, SOS2...Nada Mudou.






Buenas Blogsfera!




Estamos de lay-out novo nessa vibe inverno cinza-verde das águas tardias. Assim me chegam essas cores lá fora.




Ontem foi o dia do Índio, e há exatos 1 ano dedicamos um post ao povo Maxacali, que perambulava pelas ruas de nossa cidade em petição de miséria absoluta e completa degradação social.




Não mais os vemos pela cidade, eles agora estão em suas aldeias, o que não significa que a miséria e degradação não fazem parte mais de seus cotidianos. Não mais nos "incomodam". Confinados em suas aldeias longe do alcance dos olhos da opinião pública.




Enquanto estávamos aqui editando esse post, sobre a mutreta dos comerciantes que "cuidam" dos cartões benefícios dos Índios, ouvi estarrecida, na rádio Teófilo Otoni AM, da voz indgnada do grande amigo jornalista Fantoni Peso, a notícia de que se encontra hospitalizada no Pronto Socorro Municipal de TO, uma Indiazinhda Maxacali de 6 anos de idade brutalmente violentada por um outro Índio adulto.



Era dia do Índio.





A Mutreta...



Os cartões-benefício do programa Bolsa Família da maior parte dos cerca de 2 mil índios da etnia Maxacali que vivem nos municípios de Bertópolis e Santa Helena de Minas, no Vale do Jequitinhonha, ficam em poder de comerciantes das duas cidades e da vizinha Machacalis, onde os índios fazem compras.



Cabe aos próprios comerciantes, que retêm também as senhas dos cartões, dizer aos índios qual é o saldo e o quanto do dinheiro resta para as próximas compras.



A maioria dos maxacalis é analfabeta, e grande parte dos índios sequer fala português. Considerada a etnia mais pobre entre as 11 que permanecem em Minas e no Espírito Santo, os índios vivem em condições precárias de saneamento básico, e correm risco de novas epidemias a qualquer momento.




O alcoolismo é outro problema grave. Em janeiro de 2010 quatro bebês da etnia morreram de diarreia, causada por uma bactéria relativamente comum à maioria das pessoas, a Escherichia coli .



A denúncia do esquema dos cartões foi feita no ano passado pelos prefeitos de Bertópolis, Lauro Alves Jardim (DEM), e de Santa Helena de Minas, Milton Trindade (PSDB), e foi investigada pelo Ministério Público Federal e pela polícia.



De acordo com a vereadora em Santa Helena de Minas e liderança indígena da região, Maria Diva Maxakali, os índios das tribos deixam os cartões com os comerciantes por comodidade, e, em sua maioria, não fazem ideia do valor dos produtos adquiridos. "O dono da loja fica com o cartão, e vende a compra do mês. Mas é o comerciante mesmo que cuida do cartão, do extrato. É tudo na boa fé.



São poucos os que sabem exatamente quanto dinheiro entra e quanto sai", garante.Ainda segundo ela, em muitos casos os benefícios são revertidos em dinheiro vivo e repassados aos índios, que usam o recurso para comprar cachaça. Como a venda de bebidas alcoólicas aos índios é proibida por lei, a pinga é comprada em alguns bares ou por atravessadores, por até R$ 50 a garrafa, garante a líder indígena.



A reportagem tentou contactar, no comércio, casas que ficam com os cartões. Ninguém assumiu a prática.Atualmente, a maior fonte de renda dos maxacalis da região são repasses de programas federais, como o Bolsa Família.



O dinheiro é usado em compras, feitas na cidade, que servem para sustentar a família. Essas compras são complementadas com escassas roças de subsistência, de onde as mulheres da tribo plantam e colhem mandioca, banana, cana de açúcar, abóbora, milho e feijão.



Segundo a dentista Emilly de Oliveira, que há oito meses atende à tribo Vila Nova, em Bertópolis, outro problema grave são os produtos comprados com os recursos pelos índios. "A maioria das compras são refrigerantes, biscoitos e balas. As índias, muitas vezes, compram fardos de cinco quilos de açúcar, que comem puro.



O resultado é a subnutrição infantil e um número alarmante de cáries e outros problemas bucais", comenta.O problema é mais grave entre as mulheres. Isso porque, cada vez que nasce um menino na tribo, a mãe tem direito a repasses de quatro meses de bolsa maternidade e bolsa-amamentação.



Os repasses são feitos de uma vez só, o que significa que elas recebem, por filho, coisa de R$ 1.500. O dinheiro é praticamente todo empregado em guloseimas e, raramente, em material de construção.



Há cerca de 2 ano, alguns moradores das tribos vêm usando os recursos também para comprar cimento, tijolos e telhas de barro, que aos poucos começam a substituir o pau-a-pique e o barro pisado nas casas das aldeias.



De acordo com os próprios índios, as casas diferenciam quem bebe e quem não bebe na tribo. Quem gasta dinheiro com cachaça ou guloseimas, segue em casas de pau-a-pique. Quem economiza e vive das roças, melhora a própria casa.

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9 Comentários:

Às 20/4/11 10:41 , Blogger mnc disse...

Bem é isso pessoal...post done.
Quem me dera só postar amenidades, mas não podemos nos furtar de escancarar nossa indiganação!
Depois que fizer o almoço da sanfoneira vou lá no Pronto Socorro visitar a indiazinha levar um ovo de páscoa e algumas roupas que a Jujú está juntando.
Abraços de coração apertado!

 
Às 20/4/11 10:42 , Blogger mnc disse...

Indgnação...errata.

 
Às 21/4/11 06:33 , Blogger mnc disse...

Bom dia Blogsfera!
Coisas que calam...
A Indiazinha foi levada do Pronto Socorro na surdina para Valadares onde fica a sede da FUNAI...turma do "abafa o caso" a tirou de lá.
As recepcionistas dos PS me disseram que o estado da pobre menina estuprada aos 6 anos é de cortar o coração.
Encaminhamos a denúncia ao CMI centro de mídia independente.
Nenhum orgão da mídia de peso tomou conhecimento ou "quis" divulgar o fato a não ser o Fantoni, que tb é correspondente da rede Record de TV.
Nunca antes foi registrado atos de pedofilia e violência sexual entre os Índios Machacali.
A médica que a examinou relata que a menina estava com as partes íntimas arrebentadas.
Se a mídia e nem a opinião pública dá bulufas, é como se o fato não tivesse existido...
A carteira vencida do Aecinho vende mais.
Ninguém liga, estamos anestesiados.

 
Às 21/4/11 06:57 , Blogger mnc disse...

Agora ligando os pontos faz sentido a camioneta 4X4 da FUNAI, num posto de gasolina da BR 116, com 4 índias grávidas, cercadas de cuidados por 2 funcionários do mesmo orgão, que cruzou meu destino mês passado, ia comentar aqui no blog mas aí resolvi esperar pelo dia do ìndio.
Apesar de não falarem português, tentei uma aproximação com elas que se deliciavam com gulouzemas junk food.
Os caras da FUNAI imediatamente se entreolharam num sinal, para que fossem para carro, e vazaram...Muito risonhas, munidas de doces, balinhas coloridas...escambos em troca da gorda gratifação de 1 500 reais por cabeça de Índia parida. Um negócio e tanto, rende mais do que criar bezerros.
Pensei ao ver aquele belo quadro (estava sem minha câmera, só tinha ido ali para abastecer o carro, mas comentei com as meninas da lanchonete), que finalmente os Índios estavam sendo cuidados...Qual nada.
As meninas da lanchonete me disseram que volta e meia passava a camionete da FUNAI apinhada de Índias grávidas indo para Valadares. E que eles sempre paravam ali e compravam aquele monte de balinhas para elas parirem gerações de bebês sugar-blue...agora sei o intuíto sórdido.
Mesmo sem ter em mãos o estudo do crescimento populacional das comunidades indígenas MAxacali (pode ser com x ou ch), aposto que nesse exato momento lá na aldeia, devem estar "estimulando" a sexualidade dos Índios a fazerem bebezinhos indiozinhos. Se vacilar até filme pornô como os das clínicas de fertilidade cara-pálida para estimular a colheita de espermas...
Aposto tb que a taxa de mortalidade infantil cresce paralelamente á de natalidade....deixa morrer o bebezinho índio. O negócio é só fabricar bebês em série, depois de paridos, que se lasquem.
E aí niguém se manifesta?

 
Às 21/4/11 07:07 , Blogger mnc disse...

Dia emblemático esse...o da Inconfidência Mineira, o povo aqui tem um "pé atrás" ancestral, tem mais peso de finados do que de patriota.
Sombrio, ainda mais quando coincide com a semana santa.
Coisas estranhas acontecem...

 
Às 21/4/11 07:19 , Blogger mnc disse...

Ninguém aqui é contra nascimentos de bebês...
Mas que eles nasçam e sejam cuidados para que cresçam saudáveis.
E tem mais, o intervalo entre uma gravidez e outra deve ser de 2 anos, caso contrário a saúde da mulher se deteriora, o colo do útero arrebenta...
Talvez eles usem da "line" (desculpa esfarrapada em Inglês) de que a dizimação dos povos indígenas seja recomendável a parição exarcebada.

 
Às 21/4/11 07:50 , Blogger mnc disse...

Acabo de enviar para CMI, centro de mídia independente o seguinte e-mail. Eles não tem rabo preso.

Olá Saudações!
Há 2 anos enviamos denúncias á CMI retratando a situação dos Índios Machacali que vagavam em completa petição de miséria e degradação social.
Pois bem, foi de grande valia e deu resultados, o MP interveio e hoje estão todos confinados em suas aldeias espalhadas pelos Vales do Jequitinhonha e Mucuri.
Não que a degradação e a miséria deixasse de existir, está fora do alcançe dos olhos da opinião pública.
No dia 19 de abril dia do Índio, uma criança Maxacali de 6 anos de idade deu entrada no Pronto Socorro Municipal Raimundo Gobira de Teófilo Otoni, MG. Foi brutalmente estuprada por outro índio adulto. A turma do "abfa o caso" da FUNAI de VAladares "retirou" a menina internada lá às pressas e não se sabe p onde a levaram ....
No nosso blog, tanto no post quanto nos comentários, narração de fatos que ligados entre sí, trazem á tona a constatação de que atos ilícitos que violam, ultrajam os ìndios...como a mutreta dos cartões benefício e a indenização de 1500 reais pagos por cabeça de índia parida.
Imploro que repercutam... http://blogdamnc.blogspot.com/2011/04/povo-machacali-sos2nada-mudou.html?showComment=1303381042915
Atenciosamente e que a páscoa nos alcance com a consciência tranquila, fizemos nossa parte.
Abraço fraternal,
Mariene Nunes de Campos.

 
Às 11/5/12 17:14 , Blogger Unknown disse...

amigo,Sou de Bertópolis e defensor do direitos de igualdade, vejo os meus irmãos thirri sofrendo sérias discriminações..
te pergunto:
veio uma verba para a aldeia maxakali vila nova paraa compra de uma moto e um tv de led não sei mais a quantia exata do beneficio o que sei é que o prefeito Lozão comprou um monte de coberta de 0,99 e pronto, isso vai ser fiscalizado ou não? o meu email é: arydosteclados@hotmail.com

 
Às 26/6/16 09:39 , Blogger mnc disse...

Caro Sr Ary, saudações!
Pelo qeu vemos nada mudou sté então...
Lastimável!

 

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