domingo, 13 de novembro de 2011

Agnus Sei...

Bom dia comunidade!
Depois de um longo silêncio virtual, voltamos.
Tanta água passou por debaixo dessa ponte...Já é primavera!
Tudo blue no novo layout.
Aos poucos retomamos nosso fôlego.
Indo ao ponto nelvrágico...UNIVERSIDADE.
Sem graça explicar piada, passem uma rabada de olho nesses 2 dados fragmentados mas que se interelacionam...
È que a gente tem que fazer uma "Disputatio", mnc nem sabia que se dizia no feminino e para não viajar na maionese estamos pesquisando o formato.
O obra que defenderemos é:
Da Alquimia à Química - Um estudo sobre a passagem do pensamento mágico-vitalista ao mecanicismo - Ana M. Alfonso Goldfarb

A autora sustenta que o desaparecimento da alquimia ocorre em um momento histórico de ruptura entre visões de mundo opostas.
Foi um acontecimento inevitável diante do advento da ciência moderna.

A alquimia se apóia em uma visão mágico-vitalista e qualitativa do mundo, ao passo que a química, apoiada em uma visão mecanicista e quantitativa do mundo, propõe uma nova maneira de conhecer os fundamentos químicos.
Vai dar pano para manga.

Agradeço profundamente todos os e-mails de solidariedade e incentivo para que prosseguíssemos com nosso blog...

A trilha sonora fica por conta do clima do post...Agnus Sei/João Bôsco e Aldir Blank, na voz da eterna Elis.
Abraços e Inté mais ver.


A UNIVERSIDADE MEDIEVAL
Terezinha Oliveira

A universidade medieval conhecia duas formas de ensino complementares: a lectio e a disputatio.

A lectio é o curso propriamente dito, feito sobre a base de um texto <>.

A disputatio é um exercício de discussão.

A disputatio ordinária realiza-se regularmente, cada semana ou cada quinzena.

A disputatio solemnis, generalis ou de quodlibet, realiza-se duas vezes ao ano, na presença do bispo, do chanceler e de toda a faculdade.


O mestre que aceitou a presidência deve estar disposto a responder a todas as questões que se lhe queira pôr (daí o título de quodlibet, disputas quodlibéticas, quodlibeta). Estas grandes sessões académicas lançam uma viva luz sobre os ambientes teológicos do século XIII: testemunharam a virtuosidade dialéctica, o espírito combativo, a franqueza e, sobretudo, as preocupações doutrinais dos teólogos da época (STEENBERGHEN,198-: 92-93).


Ao descrever a lectio e a disputatio como um sistema de ensino combativo, franco, Steeenberghen permite-nos olhar essa época sem ter que necessariamente tomar partido, ou seja, não precisamos nem defendê-la nem combatê-la, mas tão somente entender como um modo no qual os homens de saberes produziram uma forma própria e nova do conhecimento.


Buscando via Savigney as origens da Universidade, cidade de Bolonha, encontrado o documento mais antigo que legisla sobre a criação da primeira unidade dessa Instituição, a Universidade de Bolonha.


Um fato hitórico a registrar... O privilégio concedido por Frederico I em novembro de 1158 , estabelecendo em favor daqueles que viajam com o intuito de estudar, assim também como os professores são especialmente mencionados com palavras muito honrosas. [...] Este privilégio tinha dois objetivos: em primeiro lugar concedia proteção especial aos estudantes estrangeiros que por amor a ciência enfrentavam tantas dificuldades. Eles tinham o direito de viajar livremente por toda parte, era proibido submetê-los a qualquer tipo de vexação sob pena de severíssimas punições, também não podiam ser acusados pelos delitos ou pelos erros de seus compatriotas. Existia, além disso, uma jurisdição particular fora da qual não poderiam ser conduzidos (SAVIGNY, 1844: 108-109).








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